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Impulsionada por PG, indústria de bebidas do Paraná cresce 21%

Estado apresentou o maior crescimento do Brasil neste setor de bebidas em 2022. Indústrias de Ponta Grossa contribuíram para o resultado

Estado tem 220 estabelecimentos da indústria de bebidas. Entre esses, 12 tem 100 empregados ou mais
Estado tem 220 estabelecimentos da indústria de bebidas. Entre esses, 12 tem 100 empregados ou mais -

Da Redação

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A indústria paranaense de bebidas foi a que mais cresceu no segmento em 2022. Dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no acumulado de janeiro a novembro do ano passado a produção no Estado aumentou 21% em relação ao mesmo período de 2021. Na sequência, os estados com maiores crescimentos, segundo o IBGE, foram Amazonas (18,2%) e Mato Grosso (13,1%). Já o aumento médio nacional da indústria de bebidas no período foi de 3,5%. 

“Os produtores de bebidas estão em um momento positivo. E o cenário econômico do Paraná, sob gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, também está positivo. Por isso o Estado vem atraindo investimentos de grandes grupos internacionais do ramo de bebidas, o que ajuda, inclusive, na atração de ainda mais investimentos ao Estado com a cadeia produtiva”, afirma o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

PONTA GROSSA

Um dos investimentos que impactou no bom resultado no Paraná em 2022 é da cervejaria Heineken, que nos dois últimos anos destinou R$ 865 milhões para a planta de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

O aporte foi para aumentar em 75% a capacidade produtiva da unidade, que é a maior produtora da marca Heineken no país e um dos maiores parques industriais nacionais de cerveja, onde também são produzidos os rótulos Amstel e Devassa. Toda a operação da planta em Ponta Grossa é 100% com energia renovável. A fábrica emprega diretamente 576 pessoas da região, além de outras 19.574 de forma indireta ou induzida, segundo dados da própria cervejaria.

“No Paraná, nossa cervejaria está presente há mais de 25 anos, em Ponta Grossa, e é uma unidade extremamente importante, pois contribui com a estratégia que traçamos para o segmento premium. Além disso, a unidade está localizada em um local favorável para o escoamento da produção para mercados-chave, como as regiões Sul e Sudeste”, afirma a direção da Heineken, em nota. “Seguimos comprometidos com o desenvolvimento da cervejaria de Ponta Grossa e o Estado do Paraná, confiantes no futuro da região e da nossa presença no país”.

OUTROS EXEMPLOS REGIONAIS

Outros dois exemplos de como o bom momento da indústria de bebidas movimenta toda a cadeia produtiva do Estado, conforme cita o secretário Ricardo Barros, são os da Ambev e da Maltaria Campos Gerais.

A multinacional Ambev confirmou no ano passado que vai construir em Carambeí a maior fábrica de garrafas de vidros recicláveis do Brasil. Com investimento de R$ 870 milhões, a planta vai produzir garrafas a partir de cacos de vidros reciclados para os rótulos Brahma, Skol, Budweiser, Stella Artois, Becks e Spaten. A previsão é de que a fábrica comece a operar em 2025, gerando entre 300 e 400 empregos diretos.

Já a Maltaria Campos Gerais recebeu aporte de R$ 3 bilhões das seis cooperativas responsáveis pela planta que está se instalando em Ponta Grossa: a Agrária Agroindustrial (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Frísia (Carambeí). A unidade vai fornecer matéria-prima para produção de cerveja na indústria do Paraná e de outros estados, fortalecendo a cadeia estadual de fornecimento do segmento.

“Temos no Paraná matéria-prima, mão de obra qualificada, água de qualidade e logística. Esses fatores, juntos com os incentivos fiscais do Governo do Estado, permitem a consolidação desses investimentos do setor de bebidas no Paraná”, completa o secretário Barros.


Números estaduais

O Paraná tem 220 estabelecimentos da indústria de bebidas. Desses, 12 são empresas com 100 empregados ou mais, o que ressalta a importância local do setor. Segundo Julio Suzuki, diretor do Centro de Pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o crescimento da atividade no Estado está diretamente relacionado aos investimentos do setor nos últimos anos. “Grandes empresas do ramo realizaram investimentos para a expansão das suas unidades”, afirma.

Com informações da AEN

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