Preço dos alimentos subiu 15% no Paraná em 2022
Índice de Preços Regional (IPR) indica uma queda na taxa mensal em todos os municípios pesquisados, o que ajudou a amenizar a inflação de 2022
Publicado: 09/01/2023, 19:33
As seis maiores cidades do Paraná apresentaram redução nos preços de alimentos e bebidas em dezembro de 2022. A informação foi divulgada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em informe mensal , a partir da análise da média de preço dos 35 itens alimentícios mais consumidos pelas famílias. A retração mensal média foi de 0,66%
De acordo com o chamado Índice de Preços Regional (IPR), a maior queda do último mês aconteceu em Maringá, onde houve redução média de -0,92% nos preços, seguida por Curitiba (-0,88%), Ponta Grossa (-0,87%), Cascavel (-0,83%), Londrina (-0,28%) e Foz do Iguaçu (-0,20%)
Dentre os 35 itens pesquisados, as principais altas de dezembro no Paraná foram o pernil suíno, de 14,43%, e a maçã, 11,11%. Em sentido oposto, a banana-caturra e a batata-inglesa destacaram-se com as maiores quedas, de 23,65% e 9,61%, respectivamente. Os dados completos do IPR do Estado e de cada uma das seis cidades analisadas estão disponíveis no site do Ipardes.
Segundo o diretor de Estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima, os principais itens que puxaram o índice para baixo foram as carnes e laticínios. Também houve uma redução no preço de hortifrútis, como o tomate e a batata-inglesa, que estavam bastante altos no mês anterior. “O leite e o peito de frango já vinham em um processo de redução de preços ao longo do segundo semestre do ano passado, o que ajudou na redução do índice em todos os municípios analisados”, explicou Nojima.
O resultado de dezembro contribuiu para amenizar a inflação do ano no Paraná, que poderia se aproximar dos 16%, mas fechou em 15,08% no acumulado de 2022. O índice pode ser explicado por uma série de fatores que pressionaram os preços dos alimentos e bebidas entre 2021 e a metade de 2022. No último semestre, a melhora das condições climáticas ajudou a reequilibrar os estoques normais nos mercados, reduzindo a pressão inflacionária.
“O ano de 2022 teve uma trajetória de alta na inflação, impactada pelo contexto de estiagem, aumento no custo de transportes por conta da alta dos combustíveis e desvalorização cambial, associada ao aumento pela demanda de importação de insumos”, afirmou o diretor do Ipardes.
No acumulado dos 12 meses, o destaque é para alta da maçã (99,46%), cebola (97,10%), batata-inglesa (87,05%), biscoito (36,06%) e maionese (31,16%). Por outro lado, no mesmo período houve redução no custo do molho de tomate (-4,38%), laranja (-3,32%), feijão (-2,54%), linguiça (-2,19%) e no açúcar cristal (-1,56%), o que ajudou a segurar a alta do índice anual.
Indicador
Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.
Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.
Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.
As informações são da AEN