VBP de municípios da região mais que triplica desde 2012

O Valor Bruto de Produção (VBP) agropecuária dos municípios da região dos Campos Gerais mais do que triplicou, em termos nominais, entre 2012 e 2021. O total de riquezas geradas no segmento agropecuário, incluindo agricultura, pecuária e florestas nos 31 municípios somou R$ 24,92 bilhões, montante 213,4% superior aos R$ 7,95 bilhões acumulados em 2012. Descontada a inflação do período, aqui medida pelo IGP-DI, no entanto, superior a 117% nesses nove anos, o crescimento real foi de 44%, o que significa um crescimento real de R$ 7,62 bilhões no período. Trata-se de um crescimento a par da média estadual, na casa dos 45%, o que significa um incremento médio de 5% ao ano - o total estadual em 2021 foi de R$ 180,6 bilhões.

Os municípios dos Campos Gerais que mais tiveram crescimento no VBP no período foram Carambeí, Jaguariaíva e Prudentópolis. Em valores nominais, esses municípios quadruplicaram os valores de produção. Carambeí, que ampliou sua bacia leiteira, passou de um valor de R$ 390 milhões, em 2012, para R$ 1,81 bilhão em 2021, se tornando o terceiro maior valor dos Campos Gerais. Em termos reais, Carambeí foi o único município que dobrou o valor, registrando um crescimento de 113,67%, descontada a inflação do período. Jaguariaíva evoluiu de R$ 184 milhões para R$ 787 mi, em termos nominais, atingindo um crescimento real de 96,7%; ao passo que Prudentópolis, que se destaca pela produção de feijão, evoluiu de R$ 278 milhões para R$ 1,14 bilhão, em incremento real de 89,32%.

Em valores reais (R$), os municípios que tiveram maior crescimento foram Castro, que viu o VBP aumentar R$ 1,01 bilhão, descontada a inflação, e atingir a marca de R$ 3,46 bilhões, maior valor dos Campos Gerais e o segundo maior do Estado do Paraná. Carambeí apareceu logo na sequência, com um crescimento real de R$ 965,9 milhões no período, e Tibagi, a cidade que tem o segundo maior VBP dos Campos Gerais, que teve um crescimento real acima da média regional, teve uma ampliação de R$ 608 milhões no VBP, descontado o IGP-DI.

Por outro lado, embora nenhum dos municípios tenha registrado queda nominal no VBP no período, cinco cidades tiveram uma redução real na soma das riquezas geradas no campo. A maior baixa foi de Telêmaco Borba, que teve um VBP de R$ 293,2 milhões, o que significa uma queda real de 45%. A baixa é justificável à atividade principal da cidade, relacionada à silvicultura, em que o corte de árvores tem bastante variação de volume entre cada ano – e também a uma redução nos valores do setor. Depois, as maiores quedas foram de Reserva (-24,5%), Curiúva (-16,88%), Inácio Martins (-5,06%) e Guamiranga (-2,1%).

Valores estaduais

Em âmbito estadual, o documento Valor Bruto da Produção 2021, publicado pelo Departamento de Economia (Deral), vinculado à SEAB, nesta quinta-feira (3), mostra que, entre 2012 e 2021, a maior taxa de crescimento real médio foi observada na pecuária, com 6% ao ano. Ela saiu de R$ 50 bilhões para atingir R$ 87 bilhões no ano passado. A agricultura cresceu, em média, 4% ao ano, partindo de R$ 60 bilhões para atingir R$ 88 bilhões. Por outro lado, o setor florestal registrou redução média real de 2% ao ano. O VBP recuou de R$ 7,7 bilhões em 2012 para R$ 6,2 bilhões em 2021. Em termos de participação na composição do VBP, na safra 2020/21, que foi a base do levantamento atual, houve pouca variação em relação às médias: a agricultura foi o principal setor, com 49%, seguida da pecuária, com 48%, e dos produtos florestais, com 3%.