Lula vence em 13 estados e Bolsonaro em 14 nas eleições do 2º turno

A votação no 2º turno das ‘Eleições Gerais 2022’ mostrou uma significativa redução da diferença entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). Às 19h56 do último domingo (30), Lula foi considerado eleito. Após a consolidação do pleito, o petista consagrou-se com 60.345.999 dos votos válidos, contra 58.206.354 do atual presidente. Um placar apertado de 50,90%, sobre 49,10%. 

Lula venceu em 13 estados, enquanto o chefe do Executivo foi confirmado em 14, contando com o Distrito Federal. As unidades federativas em que o petista obteve maior votação foram Piauí, com 76,83% de aprovação, Bahia, com 72,11%, e Maranhão, com 70,93%. É a terceira vez que Lula é escolhido para ocupar o Palácio do Planalto. O político também é o primeiro a assumir três vezes o cargo pelo voto direto. 

O placar também assegurou ao petista a maior votação da história do Brasil. Em 2002, quando assumiu pela primeira vez o comando do Executivo, recebeu o apoio de quase 53 milhões de brasileiros. Em 2006, foi reeleito com 58,1 milhões de votos. 

Capitais

Ainda neste 2º turno, no caso das capitais, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) foi o vencedor em 11 locais, enquanto do Partido Liberal (PL) ganhou em 16 capitais. Na região Sudeste, Bolsonaro venceu em três das quatro capitais: Belo Horizonte (54,25%), Rio de Janeiro (52,66%) e Vitória (54,70%). Já em São Paulo, Lula levou vantagem com 53,54%. Já no Sul, Jair Bolsonaro venceu em Curitiba (64,78%) e Florianópolis (53,33%). Já em Porto Alegre, o ganhador foi Luiz Inácio Lula da Silva, com 53,33%. 

Na região Nordeste, como apontavam as pesquisas de 2º turno, Lula foi o favorito. Das nove capitais nordestinas, Bolsonaro venceu somente em Maceió, com 57,18% dos votos. No Norte do Brasil, Lula venceu somente em Belém (50,28%), enquanto Bolsonaro ganhou em Boa Vista (79,47%) e Rio Branco (72,51%). Por fim, na região Centro-Oeste, Jair Messias Bolsonaro levou vantagem em todas as capitais.

Pronunciamento 

Em sua primeira fala como presidente eleito para o início de 2023, Lula destacou a necessidade de unificação nacional, além do combate à fome, como sendo o principal compromisso. “O Brasil é a minha causa e combater a miséria é a causa pela qual vou viver até o fim da minha vida”, declarou. Além disso, ele ressaltou que o povo brasileiro é somente um. “A partir de 1° de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiras e brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo e uma grande nação”, finalizou.

Veja como ficou a divisão por estados:

- Acre: Lula (29,70%) e Bolsonaro (70,30%);

- Alagoas: 58,68% e 41,32%;

- Amapá: 48,64% e 51,36%;

- Amazonas: 51,10% e 48,90%;

- Bahia: 72,12% e 27,88%;

- Ceará: 69,97% e 30,03%;

- Distrito Federal: 41,19% e 58,81%;

- Espírito Santo: 41,96% e 58,04%;

- Goiás: 41,29% e 58,71%;

- Maranhão: 71,14% e 28,86%;

- Mato Grosso: 34,92% e 65,08%;

- Mato Grosso do Sul: 40,51% e 59,49%;

- Minas Gerais: 50,20% e 49,80%;

- Pará: 54,75% e 45,25%;

- Paraíba: 66,62% e 33,38%;

- Paraná: 37,60% e 62,40%;

- Pernambuco: 66,93% e 33,07%;

- Piauí: 76,86% e 23,14%;

- Rio de Janeiro: 43,47% e 56,53%;

- Rio Grande do Norte: 65,10% e 34,90%;

- Rio Grande do Sul: 43,65% e 56,35%;

- Rondônia: 29,34% e 70,66%;

- Roraima: 23,92% e 76,08%;

- Santa Catarina: 30,73% e 69,27%;

- São Paulo: 44,76% e 55,24%;

- Sergipe: 67,21% e 32,79%;

- Tocantins: 51,36% e 48,64%.