Eleitores vão às urnas no domingo para escolher entre Bolsonaro e Lula

O Brasil conhecerá o vencedor das eleições presidenciais no próximo domingo (30), a partir das 17h, horário em que se inicia a apuração das urnas. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta a reeleição após quatro anos de governo, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer retornar ao cargo depois de 12 anos. 

No 1º turno, Lula teve 57.256.053 votos, ou 48,43% dos votos válidos (quando são descontados os brancos e nulos), enquanto Bolsonaro (PL) recebeu 51.070.958 votos, ou 43,20% - ou seja, a diferença entre eles foi de quase 6,19 milhões de votos.

Para ganhar, um dos candidatos precisa ter 50% dos votos válidos mais um. Como as urnas começam a ser apuradas às 17h, a probabilidade a é de que o país conheça o vencedor das eleições somente após às 22h30, momento em que cerca de 95% das urnas eletrônicas devem estar apuradas.

Abstenções

O percentual dos que não votaram no 1º turno de 2022, de 20,95%, ou 32,77 milhões de votos, foi o mais alto nesta rodada de votação nas eleições presidenciais desde 2002. Em tese, reduzir essa abstenção poderia ajudar Lula e Bolsonaro a conquistar os votos necessários para ganhar.

Mas o problema é que acontece justamente o contrário. Historicamente, o número dos que não votam aumenta no 2º turno. Cientistas políticos explicam que isso acontece porque a maior parte dos que não votam no 1º turno costumam fazer o mesmo no 2º, e outra parte acaba se desmotivando, porque o candidato que escolheram não passou para o 2º turno.

Apoios

Simone Tebet e Ciro Gomes ficaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente, no primeiro turno. Juntos, tiveram pouco mais de 8,5 milhões de votos, ou 7,2% dos votos válidos. Isso é mais do que a diferença de votos entre Lula e Bolsonaro.

Cientistas políticos apontam que uma virada do presidente depende de ele conquistar a grande maioria desse eleitorado. Conta a favor do presidente que a tendência histórica aponta que o segundo colocado consegue geralmente ampliar mais sua votação do que o primeiro, entretanto, Tebet e Ciro já declararam apoio ao candidato petista, o que dificultaria, na teoria, a captação desses votos por parte de Bolsonaro. 

Por isso, o presidente Jair Bolsonaro aposta nos apoios de governadores eleitos (ou reeleitos) no 1º turno com votações expressivas: Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Junior (Paraná) e Claudio Castro (Rio de Janeiro) são nomes importantes que podem ajudar o presidente a ampliar sua votação nesses respectivos estados.