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Maioria do STF mantém suspenso piso salarial da enfermagem

Recentemente, ministros apresentaram proposta para reajustar seus salários em 18%, chegando a R$ 46.366,19 em 2024

Profissionais da enfermagem realizaram manifestações em Ponta Grossa, recentemente, contra decisão do STF
Profissionais da enfermagem realizaram manifestações em Ponta Grossa, recentemente, contra decisão do STF -

Agência Brasil

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quinta-feira (15), para manter a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial da enfermagem. O julgamento virtual continua para a tomada dos demais votos. 

Com o voto do ministro Luiz Fux, foi formada a maioria (7 votos a 3) pela suspensão. Falta o voto da presidente, Rosa Weber. O julgamento virtual começou na sexta-feira (9) e será finalizado amanhã (16). 

Em 4 de setembro, Barroso atendeu pedido de liminar feito pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.

Após a decisão, o caso foi levado à referendo dos demais ministros da Corte no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial. 

Além de Barroso, os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux votaram para manter a suspensão. Já os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin foram a favor da derrubada da liminar.

Trâmites

Sancionada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), a Lei nº 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão foi tomada porque é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial. O ministro disse que é favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei. 

Segundo o ministro, hospitais particulares estavam realizando demissões por antecipação. Além disso, obras sociais, santas casas e prefeituras relataram que não têm recursos para fazer o pagamento do piso.

Com informações: Agência Brasil.

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