Apicultor real comunica abelhas do Palácio da morte de Elizabeth II
John Chapple cumpriu uma antiga tradição celta, incorporada à monarquia
Publicado: 13/09/2022, 15:56
John Chapple, o apicultor real, teve uma triste e tradicional missão nesta sexta, dia 9 de setembro - ir até as colméias do Palácio de Buckingham para informar às milhares de abelhas (sim, você leu corretamente) da morte da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, no dia anterior.
Trata-se de uma tradição secular da monarquia que vem de uma intrigante superstição. Teme-se que, sem o aviso de que sua 'senhora' morreu, as abelhas deixem de produzir mel. É do folclore celta, costume seguido na Inglaterra, País de Gales, Irlanda, Suíça, Holanda, França, Alemanha e regiões dos Estados Unidos.
Na mitologia celta, as abelhas eram consideradas mensageiras entre o mundo material e o reino espiritual. Uma lenda conta que quando o calendário gregoriano foi adotado as abelhas não foram informadas e se recusaram a produzir sua deliciosa iguaria para o Natal (pense em quantos doces ficariam menos saborosos sem ela). O escritor norte-americano ficou tão impactado pela 'lenda' que escreveu o popular poema “Telling The Bees”, em 1858.
O apicultor real, que exerce a função há 15 anos, disse ao jornal The Daily Mail que fez o seu pronunciamento em voz baixa, até para não "estressar" os insetos. Também colocou fitas pretas ao redor das colméias, além de advertir outros profissionais sobre o momento solene. As abelhas da Clarence House, outra residência oficial da realeza, também tiveram o mesmo tratamento.
Na ocasião, Chapple também comunicou às abelhas que Charles III é agora o novo "patrão". Ele espera que o novo Rei queira manter as colméias no Palácio de Buckingham. Pelo menos, a tradição foi cumprida para garantir que não falte doçura em seu reinado.
Informações do G1