Empresários defendem política de comércio internacional
Almoço debate promovido pelo LIDE Paraná reforçou a relevância dos negócios internacionais para a economia do Paraná e do Brasil. Para eles, essa deve ser uma política de Estado, não de governo
Publicado: 30/07/2022, 17:29
Para o empresariado brasileiro, o comércio internacional deve ser uma política de Estado, não de governo. Essa foi a ideia transmitida pelo criador da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Roberto Giannetti da Fonseca, e pelo diretor da Invest Paraná, Eduardo Bekin, durante almoço debate realizado pelo LIDE Paraná na nesta última semana, em Curitiba. Promovido pela unidade estadual do Grupo de Lideranças Empresariais – LIDE, o evento reuniu 40 executivos e empresários, de diferentes setores, filiados à entidade, e trouxe a força do comércio internacional para acelerar a economia como pauta.
“Estamos construindo pontes para a ampliação do volume de negócios internacionais no Paraná. Já somos fortemente reconhecidos pelo agronegócio, com 24% do share das exportações do estado concentrados apenas na soja, mas temos um potencial enorme a ser aproveitado pela indústria”, pontuou Bekin.
Segundo o diretor da Invest Paraná, essa agenda deve ser dinâmica e efetiva. Ao reforçar que o mercado internacional é um campo de oportunidades, citou como exemplo as missões internacionais promovidas pelo LIDE Paraná a Dubai. Empresas filiadas à organização, como a Aeroflex, referência nacional em aerossóis, efetivaram negócios importantes por meio das conexões geradas nessas iniciativas.
“Trata-se de apenas um dos exemplos de investimentos relevantes que melhoram os indicadores do comércio exterior paranaense. Nosso objetivo é ampliar a carteira de exportações de produtos industrializados e atrair mais investimentos estrangeiros para o estado”, acrescentou o executivo.
Essa linha de atuação colaborativa e dinâmica, característica do setor privado, foi fortemente defendida pelo economista Roberto Giannetti da Fonseca. Em sua fala, o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e presidente do LIDE Energia destacou o potencial e benefícios do crescimento dos negócios internacionais para o desenvolvimento socioeconômico do país.
“O Brasil é o 25° maior exportador mundial de mercadorias e existe um campo fértil de oportunidades para a internacionalização e entrada em novos mercados”, afirmou Giannetti. “O comércio internacional deve ser um programa de Estado, não de governo; precisa ser perene e ágil, focado mais em resultados e menos amarrado a uma mentalidade burocrata”, completou.
Giannetti ainda apresentou aos filiados do LIDE vários exemplos de como as agendas positivas e voltadas à realização têm sido benéficas para as atividades público-privadas.
“Junto à Apex, criamos programas setoriais para mais de 30 áreas de negócios. A progressão da rentabilidade é real, uma vez que destinamos ao exterior produtos industrializados com o valor das marcas brasileiras ao invés de apenas matéria-prima. Quanto mais indústrias ampliarem suas atividades internacionais, melhor fica a imagem do Brasil no exterior. As agências de governo existem para auxiliar nesse processo”, comentou.
Para a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett, a temática está alinhada à diretriz da entidade, que foca na promoção de conexões para a geração de negócios para as empresas paranaenses.
“Temos desenvolvido missões com agendas efetivas em mercados promissores, como as duas iniciativas recentes com filiados paranaenses rumo a Dubai. Aproveito a oportunidade para anunciar que teremos mais três missões programadas para este ano, duas na Europa e uma nos Estados Unidos”, revelou Heloisa ao final do evento.
As informações são da assessoria de imprensa