Policial bolsonarista que matou petista vira réu por homicídio
Ministério Público denunciou Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum
Publicado: 20/07/2022, 19:01
Ministério Público denunciou Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum
O MP-PR (Ministério Público do Paraná) denunciou o policial penal Jorge Guaranho, que matou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), durante festa de aniversário da vítima, por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum.
A informação foi apresentada pelos promotores de Justiça Tiago Lisboa Mendonça e Luís Marcelo Mafra Bernardes da Silva, durante coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (20).
Na noite do crime, para Luís Marcelo Mafra, Guaranho agiu por questões políticas: “Estamos tratando da primeira qualificadora desse crime, que seria o motivo fútil, havendo a querela sido desencadeada por preferências político-partidárias antagônicas”.
A segunda qualificadora se deu, segundo os promotores, pelo fato de Guaranho apresentar perigo aos outros presentes na festa de aniversário de Arruda, que tinha como temas o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula.
Uma vez que Guaranho já estava preso, o prazo legal para a apresentação da denúncia era de cinco dias, a terminar nesta quarta, informou Lisboa Mendonça.
Lisboa ponderou que, diante do prazo, os laudos não eram imprescindíveis para a denúncia. “O não oferecimento da denúncia nesse ato poderia acarretar no fato grave, que seria a soltura do réu”, afirmou o promotor.
Os laudos aos quais Lisboa se referiu eram de confronto balístico, do carro e do conteúdo do celular de Guaranho, do local do crime e do celular que registrou as imagens das câmeras de segurança do local do crime.