Nova presidente da Caixa já foi vítima de violência doméstica
Daniella assume o comando do banco no lugar de Pedro Guimarães, que deixou o cargo na noite da última quarta-feira (29) após ser alvo de diversas denúncias públicas por assédio sexual contra funcionárias.
Publicado: 30/06/2022, 11:11
Daniella assume o comando do banco no lugar de Pedro Guimarães, que deixou o cargo na noite de ontem, após ser alvo de diversas denúncias públicas por assédio sexual contra funcionárias.
Nova presidente da Caixa, Daniella Marques já foi vítima de violência doméstica cometida por um ex-companheiro em 2019. As informações são do blog de Andréia Sadi no G1.
Daniella assume o comando do banco no lugar de Pedro Guimarães, que deixou o cargo na noite da última quarta-feira (29) após ser alvo de diversas denúncias públicas por assédio sexual contra funcionárias.
A nova presidente repete, nos bastidores, que a luta das mulheres “não é pauta da esquerda e nem da direita”.
Ela própria protagonizou uma batalha para conseguir medidas protetivas contra um ex-companheiro há três anos.
Na ocasião, após ser alvo de violência doméstica, denunciou o suspeito à polícia. O inquérito, porém, foi arquivado pela Justiça. Em 2020, o acusado entrou com petição sigilosa contra Daniella.
“Hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher”, disse a defesa da presidente em nota ao blog de Sadi.
Para apurar as denúncias feitas contra Guimarães, a nova líder da empresa pretende montar uma força-tarefa.
Caso sejam comprovados casos de assédio, Daniella promete “fazer uma limpa” nos responsáveis pelos abusos e naqueles que acobertaram os episódios.
A saída de Guimarães
Segundo publicado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a oficialização do pedido de demissão de Guimarães ocorreu durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) através de uma carta.
As acusações contra Guimarães foram reveladas inicialmente pelo portal Metrópoles. De acordo com as vítimas ouvidas pela reportagem, o assédio sempre se dava por "toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos".
Após a revelação do caso, aliados de Bolsonaro entenderam que o caso poderia afetar o presidente, em especial pela relação próxima entre Bolsonaro e Guimarães.
Outra preocupação era com a aderência de Bolsonaro no eleitorado feminino, que rejeita majoritamente o presidente da República. A pressão acontecia tanto por parte da ala política quanto da ala econômica.
Jair Bolsonaro e Pedro Guimarães são bastante próximos. O presidente da Caixa Econômica Federal costuma acompanha Bolsonaro em viagens e participar de lives. Ele chegou a ser cotado para ser vice do presidente na campanha de reeleição.
Leia em Yahoo