Lula e Alckmin lançam movimento ‘Juntos Pelo Brasil’
Ex-presidente prega a união e menciona Paulo Freire em evento de pré-lançamento da chapa para a presidência da república: "Unir divergentes para enfrentar antagônicos"
Publicado: 07/05/2022, 16:08
Ex-presidente prega a união e menciona Paulo Freire em evento de pré-lançamento da chapa para a presidência da república: "Unir divergentes para enfrentar antagônicos"
Um ato com cerca de 4 mil pessoas lançou, na manhã deste sábado, 7, o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, em São Paulo. Com a presença de militantes, representantes de movimentos sociais, lideranças partidárias, artistas, intelectuais e outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediram união para restaurar o Brasil da atual crise. O evento foi o de pré-lançamento da chapa Lula-Alckmin à Presidência da República.
A programação começou com um vídeo da estudante Anice Lawson, do Benin, que se encontrou com Lula em novembro do ano passado, em Paris, e agradeceu pelo convênio que permitiu que ela estudasse no Brasil e se formasse em Ciências Políticas.
Outros registros foram exibidos no telão: donas de casa comentando a dificuldade do Brasil nos dias de hoje, uma música do Maderada Brasil para Lula, o depoimento da catadora Aline Souza, um registro sobre a história do PT, vídeos com declarações de lideranças indígenas e jovens da periferia.
No início da cerimônia, os apresentadores do evento, Paulo Miklos e Lika Rosa, chamaram ao palco os representantes dos sete partidos que compõem o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil: Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (Psol), Luciana Santos (PC do B), Wesley Diógenes (Rede), Luizão (Solidariedade) e José Luiz Penna (PV), além de diversos outros políticos, artistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais.
Em seu discurso, feito à distância após um diagnóstico de Covid-19, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), falou sobre a necessidade de uma união nacional para recuperar o Brasil do momento de crise econômica e social em que o país está afundado.
“Quando o presidente Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão. E é à razão de todos vocês que me dirijo neste momento. Pensemos nas disputas do passado e pensemos na união de hoje. O que é que mais importa?”, perguntou ele.
O momento mais emocionante aconteceu quando Rosângela Janja da Silva, a noiva do ex-presidente, tomou a palavra para apresentar a ele seu presente de casamento. Ela contou da viagem que ele fizeram ao Rio Grande do Norte, no ano passado. “Você se emocionou com o jingle de 1989 e falou que nunca mais ia ter a mesma emoção daquela campanha. Então eu e o (Ricardo) Stuckert fizemos esse presente para você”, disse.
No telão, começou um vídeo com diversos cantores e cantoras, como Pabllo Vittar, Chico César, Martinho da Vila, Gilsons, Duda Beat, Lenine, Zélia Duncan e Paulo Miklos, entre outros, cantando uma versão atualizada do jingle “Sem Medo de Ser Feliz”, que correu o país na primeira eleição livre do país após a ditadura, em 89.
Por fim, Lula começou seu discurso, destacando seu passado e legado ao longo dos oito anos que governou o país e nos anos da presidenta Dilma. Também falou sobre as dificuldades de reconstruir o Brasil após os anos desastrosos do atual governo.
“No nosso governo, promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para todos. Combinamos crescimento econômico com inclusão social. O Brasil se tornou a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real”, disse ele.
Ele continuou pedindo a união de todo o Brasil. “É preciso mais do que governar, é preciso cuidar. E nós vamos outra vez cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro. Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações, todas as classes, todas as religiões, todas as raças, todas as regiões do país. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania”, declarou.
Com informações da assessoria de imprensa