Deputados apontam problemas sobre novo pedágio do Paraná
Audiência pública debateu o documento elaborado pelo Instituto de Tecnologia de Transportes e Inovação da UFPR.
Publicado: 13/04/2022, 23:25
Audiência pública debateu o documento elaborado pelo Instituto de Tecnologia de Transportes e Inovação da UFPR
O estudo do Instituto de Tecnologia de Transportes e Inovação da Universidade Federal do Paraná (ITTI/UFPR) feito a pedido da Frente Parlamentar sobre os Pedágios da Assembleia Legislativa do Paraná foi enaltecido pelos parlamentares que participaram da audiência púbica realizada nesta quarta-feira (13). A audiência pública “Análise Técnica do novo modelo de pedágio no Paraná: aspectos legais, financeiros, diagnóstico de risco e impacto nos municípios” reuniu, além de parlamentares, representantes da sociedade civil organizada, do setor produtivo e gestores municipais.
Durante a audiência, os deputados participantes destacaram que o documento apresentado pelo ITTI/UFPR demonstrou diversas fragilidades na modelagem da nova concessão de rodovias proposta pelo Governo Federal. “A Frente precisa tomar uma decisão estratégica sobre os resultados desse estudo, levar para Brasília e discutir com o Ministério de Infraestrutura e Logística ou até mesmo o Tribunal de Contas da União (TCU). Precisamos debater com mais afinco a questão dos moradores próximos às estradas, o degrau tarifário e os índices de correção das tarifas. Ou seja, temos muito que debater ainda em todo o esse processo”, destacou o deputado Evandro Araújo (PSD), coordenador da Frente Parlamentar.
O deputado Tião Medeiros (PP) também afirmou que, com os dados apresentados pelo estudo do ITTI/UFPR, há diversos pontos da nova modelagem que precisam ser esclarecidos. “Há algumas preocupações neste tema do novo pedágio. Tem vários pontos duvidosos, mas o lote 4, que vai receber cinco novas praças e fica na região Noroeste, gera um pouco mais de preocupação. Esta é a região mais impactada pelo novo contrato de pedágio e que conta com dificuldades econômicas. A região não pode permitir uma nova praça de pedágio sem a duplicação entre o nosso estado e São Paulo. É preciso rever este ponto do modelo”, disse.
Para o deputado Plauto Miró (União), o fato de a discussão contratual ter sido toda centralizada em Brasília prejudicou o debate sobre a questão com a sociedade paranaense. “A partir da hora que o governo delega a obrigação para o Governo Federal fazer o contrato, tirou a força da classe política e da sociedade civil organizada participar do debate sobre os problemas que possam surgir durante todo o processo. São temas importantes que tem que ser ajustados e que a sociedade paranaense quer ver debatidos e resolvidos. Precisamos ajustar esses problemas existentes”, ressaltou.
O deputado Soldado Fruet (Pros) e a deputada Mabel Canto (PSDB) levantaram mais preocupações em relação ao novo modelo de pedágio após a apresentação dos dados levantados pelo ITTI/UFPR. “Acredito que não será concedido um desconto suficiente na tarifa para nós paranaenses. Essa é a nossa preocupação. Além disso, não concordo com novas praças de pedágio. Isso vai afastar novos investimentos nessas regiões. Fizemos uma série de audiências, fomos ao TCU e parece que não somos ouvidos”, apontou Fruet. “Me preocupam as novas empresas, as novas concessionárias, pedirem logo de início dos contratos um reequilíbrio econômico-financeiro para realizar as manutenções das nossas estradas”, questionou Mabel.
“A Frente tem feito a diferença nesse debate com toda a sociedade paranaense. Espero que continuemos com esse debate a favor dos interesses do nosso estado”, concluiu o deputado Soldado Adriano José (PP).
Também acompanharam a audiência pública os deputados Marcel Micheleto (PL), Goura (PDT), Luciana Rafagnin (PT), Luiz Fernando Guerra (União), Maria Victoria (PP), Boca Aberta (Pros), Tadeu Veneri (PT), Professor Lemos (PT), Homero Marchese (Republicanos) e Requião Filho (PT).
Com informações: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.