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Justiça suspende tramitação do passaporte da vacina no Paraná

Desembargador entendeu que tramitação do projeto nas Comissões Permanentes violou artigos do Regimento Interno da Casa de Leis.

Decisão do Judiciário aconteceu na tarde desta quarta-feira (9).
Decisão do Judiciário aconteceu na tarde desta quarta-feira (9). -

Rodolpho Bowens

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Desembargador entendeu que tramitação do projeto nas Comissões Permanentes violou artigos do Regimento Interno da Casa de Leis

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR) acatou, na tarde desta quarta-feira (9), um pedido de liminar apresentado pelos deputados de oposição na Assembleia Legislativa (Alep) e determinou a suspensão da tramitação do Projeto de Lei (PL) nº 655/2021, que proíbe o passaporte da vacina no Paraná.

Na decisão, o desembargador do Órgão Especial do TJ/PR, Ramon de Medeiros Nogueira, reconheceu que a designação do deputado estadual Márcio Pacheco (Republicanos) como relator do PL 655/2021 na Comissão de Saúde Pública violou os artigos 79, 154 e 175 do Regimento Interno da Casa de Leis, que proíbem que autor de projeto de lei seja designado relator nas Comissões do Poder Legislativo.

O desembargador observou que Pacheco, autor de uma emenda substitutiva geral do PL 655/2021 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que substituiu o projeto de lei original, não poderia ser designado relator em outra Comissão. “Ao suceder integralmente o texto do projeto de lei originalmente apresentado, o deputado Márcio Pacheco agiu como se autor fosse da proposição legislativa, de sorte que inviável ocupar a função de relator nesse projeto, conforme regra limitadora prevista pelo artigo 79, parágrafo 4º, do Regimento Interno da Casa Legislativa Estadual, combinado com os artigos 154, parágrafo 1º, e 175. Por conseguinte, vislumbro ilegalidade na designação do deputado Márcio Pacheco como relator do projeto de lei 655/2021 na Comissão de Saúde Pública”, anotou o desembargador.

O deputado Arilson Chiorato (PT), líder da oposição, enalteceu a decisão da Justiça e reiterou que a bancada irá continuar atuando para derrotar a proposta no plenário da Assembleia. “Os deputados de oposição pediram a cassação do ato da designação do relator, deputado Márcio Pacheco, na Comissão de Saúde. O que houve, na nossa avaliação, que foi confirmada pelo desembargador, foi uma ofensa constitucional e regimental ao devido processo legislativo, uma questão formal que não foi respeitada. Ficamos satisfeitos com a decisão e vamos continuar lutando para derrotar este projeto em Plenário".

Além de Arilson, assinaram a ação os parlamentares Requião Filho (MDB), Professor Lemos (PT), Tadeu Veneri (PT), Goura (PDT) e Luciana Rafagnin (PT).

Com informações: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

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