CPI quer propor saída de Bolsonaro das redes sociais
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro distorceu informações de relatórios oficiais do governo do Reino Unido ao dizer que vacinados com as duas doses da vacina estão desenvolvendo aids.
Publicado: 26/10/2021, 08:57
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro distorceu informações de relatórios oficiais do governo do Reino Unido ao dizer que vacinados com as duas doses da vacina estão desenvolvendo aids
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), defende que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja expulso das redes sociais. A ideia é incluir em seu relatório final, a ser votado nesta terça-feira (26), um pedido de medida cautelar nesse sentido, a ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da ISTOÉ.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, na última quinta-feira (21), Bolsonaro distorceu informações e disse que relatórios oficiais do governo do Reino Unido indicavam que pessoas vacinadas com duas doses contra covid-19 estão desenvolvendo aids “muito mais rápido do que o previsto”. As declarações de Bolsonaro geraram reação da classe médica e política.
“Bolsonaro reincide a cada dia, faz questão de cometer os mesmos crimes. Não muda. Só porque a CPI se encaminha para a reta final, ele acha que vai voltar a falar sozinho de novo nas redes sociais. Essa última declaração, sobre vacina e aids, agrava ainda mais as circunstâncias dele”, disse Renan ao Estadão. “Vou fazer um registro duro no relatório da CPI e estamos, adicionalmente, entrando com ação cautelar junto ao STF para bani-lo das redes”, completou, ressalvando que esse pedido ainda depende de aprovação de seus pares.
O G-7, grupo majoritário da CPI da Covid, tem reunião marcada para a noite desta segunda-feira, na casa do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), na tentativa de analisar as últimas alterações no relatório final. O parecer de Renan também aumentará o número de indiciados, de 66 para, no mínimo, 74 pessoas.
Com informações: ISTOÉ.