Ginecologista oferece cirurgia em troca de sexo a paciente
Segundo a polícia, 48 mulheres já formalizaram denúncia contra o médico.
Publicado: 04/10/2021, 10:17
Segundo a polícia, 48 mulheres já formalizaram denúncia contra o médico
Preso na última quarta-feira (29), o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, ofereceu uma cirurgia íntima a uma paciente em troca de sexo, denunciou a vítima à polícia.
"Ele ofereceu que, se ela não quisesse pagar, poderia fazer em troca de sexo, mas ela não aceitou", disse ao portal G1 a delegada Isabella Joy, responsável pelas investigações.
De acordo com a polícia, o procedimento que o médico ofereceu à paciente é conhecido como ninfoplastia, uma espécie de cirurgia plástica nas partes íntimas da mulher.
A Polícia Civil registrou 48 denúncias contra o ginecologista. Em outro caso, ele se insinuou com comentários de cunho sexual a uma mulher que fazia perguntas sobre um método contraceptivo.
Na conversa, divulgada pelo portal G1, a paciente pediu informações sobre o uso do anel vaginal, um método contraceptivo. Em um momento, ela perguntou se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. Ele respondeu: "Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira".
O médico foi preso em seu consultório, após a denúncia de três pacientes. Ele é investigado por importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O caso está em segredo de Justiça. A defesa nega que ele teve conduta que esteja fora do exercício da medicina.
"Tenho plena convicção que a gente vai ter sucesso na liberdade do doutor Nicodemos. A defesa não teve acesso a nenhum depoimento desses novos fatos. O doutor Nicodemos prestou depoimento na delegacia somente com relação às supostas três vítimas, então a defesa aguarda a notificação para tomar as medidas necessárias", disse ao portal G1 o advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins.
Segundo a polícia, o ginecologista já foi condenado por crime sexual no Distrito Federal, em 2019. Como era réu primário, não foi preso. Ele também foi denunciado no Paraná, mas o caso foi arquivado em 2018. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota ao G1, que "vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional".
Com informações: Yahoo! Notícias.