Alep vai votar projeto que prevê reajuste de 4,94% ao Judiciário
Índice total do reajuste ofertado aos servidores do Executivo é de 5,08% parcelado
Publicado: 20/08/2019, 15:04
Índice total do reajuste ofertado aos servidores do Executivo é de 5,08% parcelado
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) anunciou, nesta segunda-feira (19), que a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) irá votar em separado a data-base dos servidores do Poder Judiciário. Com a decisão, é provável que o projeto que prevê reajuste de 4,94% em parcela única seja aprovado pela Casa. A votação havia sido suspensa no primeiro semestre pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que afirmava na ocasião que ela só ocorreria se houvesse acordo para a aprovação dos servidores do Executivo estadual.
Em nome de uma chamada “isonomia” entre os poderes, a Alep apresentou na semana passada um projeto que equiparava o reajuste do Tribunal de Justiça (TJ-PR), Ministério Público (MP-PR) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao valor ofertado pelo governador Ratinho Junior aos servidores do governo, como professores e policiais.
O índice total do reajuste ofertado aos servidores do Executivo é de 5,08% parcelado, com a aplicação de 2% em janeiro de 2020 e mais duas parcelas, de 1,5% cada, em janeiro de 2021 e em janeiro de 2022.
A mudança de entendimento de deputados estaduais aconteceu após mobilização do Sindicato dos Servidores do Poder do Judiciário (Sindijus). Após o anúncio de Romanelli, alguns servidores chegaram a comemorar a decisão nas galerias da Alep.
“Queremos igual”
Diante do anúncio de Romanelli, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) informou que não é contrário ao reajuste dos servidores do Judiciário, mas disse esperar que os servidores do Executivo também consigam a reposição da inflação.
A coordenadora do FES, Marlei Fernandes, informou que a mobilização e as conversas com os deputados continuam. “Não será o primeiro ano de um reajuste diferenciado [entre os poderes]. Em 2017 e 2018, nós servidores do Executivo não tivemos reajuste, enquanto os servidores dos outros poderes, que também são trabalhadores do estado, tiveram a reposição. Nos causou até surpresa fazer igualitário. Mesmo que os outros poderes digam que cada um tem seus recursos financeiros próprios, nós fazemos um debate de que todo recurso é do povo do Paraná e que isso precisa ser melhor discutido. Nós não somos contrários ao reajuste dos outros poderes, mas queremos acertar para que o nosso fique igual”, disse.
O FES não descarta entrar novamente em greve, mas faz no momento o acompanhamento para tentar encontrar possibilidades de reajuste também ao Executivo em 2019.
As informações são da Rádio Banda B.