Fábrica de R$ 1,1 bi transforma Paraná em polo da ração pet

O Paraná está se consolidando como um polo industrial de ração para cães e gatos. O estado recebe investimentos robustos e conta com uma infraestrutura estratégica que impulsionam o setor. A construção da unidade industrial da PremieRpet em Porto Amazonas, com investimento de R$ 1,1 bilhão, é um marco nesse processo. A fábrica, inaugurada em 2022, é a maior do ramo na América Latina, com capacidade de produção de mais de 600 mil toneladas de ração por ano.

“Quando uma fábrica deste porte se instala no Estado, a região se transforma naturalmente em um polo, com várias outras indústrias de menor porte também surgindo e se aproveitando desta cadeia de fornecedores”, explica o diretor-presidente da Invest Paraná, agência de captação de negócios do Governo do Estado, Eduardo Bekin.

O Paraná produz cerca de 300 mil toneladas de ração pet por ano |  Foto: Divulgação.

A localização estratégica da fábrica, próxima aos fornecedores de frangos de qualidade e a um mercado consumidor em expansão, foi um dos principais fatores que levaram a PremieRpet a escolher o Paraná. O estado é o maior produtor nacional de frango, com mais de um terço da produção nacional, e o segundo maior produtor de milho, atrás apenas do Mato Grosso. A proximidade com o Porto de Paranaguá também foi crucial, facilitando a importação de insumos como óleo de peixe e polpa de beterraba, e o escoamento da produção para o Norte e Nordeste do país.

A marca é líder nacional no segmento de rações pet premium e super premium, sendo alimentos de maior qualidade por terem uma maior proporção de proteína animal. Nestes casos, a principal matéria-prima para a fabricação de rações é a farinha de frango, que contém cerca de 70% de proteína. O produto, em geral, é um derivado da produção de frango de corte. O abate de frango é a segunda principal cultura do agronegócio paranaense, atrás apenas da soja, com Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 30 bilhões por ano.

A PremieRpet não é a única empresa a investir no Paraná. Nos últimos cinco anos, mais de dez indústrias do segmento de ração pet se instalaram no estado, atraídas pela infraestrutura eficiente, a cadeia de suprimentos robusta e o mercado consumidor em crescimento. O Paraná produz cerca de 300 mil toneladas de ração pet por ano, correspondendo a cerca de 7% da produção nacional. Com a capacidade instalada das novas fábricas, esse volume deve mais que dobrar nos próximos anos, consolidando o estado como um dos principais polos da indústria de ração pet do Brasil.

INVESTIMENTOS - A Coamo, cooperativa paranaense, inaugurou uma fábrica de rações em Campo Mourão, com investimento de R$ 178 milhões. A iniciativa visa agregar valor à produção de milho dos cooperados, explorando a verticalização da cadeia. A unidade produz rações para diversas espécies, incluindo pets, e mira um mercado que cresce acima da média, com faturamento projetado de R$ 77 bilhões em 2024. A Coamo espera produzir 4 mil toneladas de rações anuais, inicialmente para seus cooperados, e posteriormente expandir para o mercado de pets.

Com informações de AEN.