Tecnologia agropecuária e cooperativismo atraem argentinos para a região

Conselheiros e diretores da Cooperativa Guillermo Lehmann estão visitando empresas e propriedades de leite e grãos nos Campos Gerais

Publicado: 05/09/2024, 09:06

Tecnologia agropecuária e cooperativismo atraem argentinos para a região - Foto: Divulgação/Nadiel Kowalski

O sistema cooperativista e as tecnologias empregadas nas propriedades de leite e grãos dos Campos Gerais trouxeram um grupo de argentinos para a região. Eles chegaram no Paraná no dia 02 de setembro e cumprem roteiro técnico até o dia 07, quando embarcam novamente para a Argentina. A comitiva é composta por 15 conselheiros e diretores da Cooperativa Guillermo Lehmann, uma das mais representativas no país vizinho.

No primeiro dia em terras paranaenses, na segunda-feira (02), o grupo passou, em Curitiba, pelo Sistema Paranaense de Cooperativas (Ocepar), que representa mais de 230 cooperativas filiadas e congrega mais de 500 mil associados. Lá eles receberam informações sobre o funcionamento do sistema, formado por cooperativas dos ramos agropecuário, crédito, educacional, infraestrutura, trabalho, transporte, lazer e turismo, mineral, habitação e saúde. O sistema representa mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) rural do Paraná.

A Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) recebeu a equipe, na última terça-feira (03). O grupo conheceu a entidade sem fins lucrativos, fundada em 1953, que trabalha no desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, proporcionando soluções e resultados positivos.

Na sequência, eles conheceram a Sicredi Campos Gerais, em Ponta Grossa, cooperativa de crédito.

Nessa quarta-feira (04), o grupo passou pela Cooperativa Castrolanda e recebeu informações sobre oportunidades e desafios, integração de jovens e mulheres na cooperativa e inserção da Castrolanda no meio em que se localiza.

A missão passou também pela propriedade de Jacco e Simone Erkel, a Morro dos Ventos, em Castro, considerada uma das Top 100 2022, ranking das 100 maiores fazendas produtoras de leite. É a primeira a entrar na comunidade Red Cow Fazenda leiteira do Brasil.

Nesta quinta-feira (05), o conhecimento técnico será adquirido na Empresa Prestadora de Serviços de Silagem, em Castro, pioneira no Brasil em oferecer uma alimentação completa e balanceada para o rebanho.

Na sequência, o grupo seguirá para Cooperativa Frísia, a mais antiga do Paraná e a segunda do Brasil, fundada por holandesas, em 1925. Além de atuar na região Sul, também está inserida no Norte do país, desde 2016, com unidades no Tocantins.

O roteiro prevê também visita no Parque Histórico de Carambeí, um dos maiores museus ao ar livre do Brasil, com mais de 100 mil metros quadrados.

De acordo com Nadiel Pacheco Kowalski, da NPK Viagens Técnicas, nesta sexta-feira (06), último dia das visitas técnicas, o grupo passará pela Unidade de Negócios Grãos da Castrolanda, onde será recebida por gerentes e agrônomos para uma conversa sobre o funcionamento e atividades realizadas junto aos produtores. Mais tarde eles conhecerão mais uma fazenda leiteira, a Fini, de uma família tradicional de criadores Holstein. Confinamento com plantel de 2.200 animais e 920 na ordenha, média de 39 litros/dia, em três ordenhas.

A programação será finalizada no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro, onde acontece anualmente a Agroleite. O grupo será recebido na casa da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), onde acontecerá a apresentação institucional sobre a federação e o Sindicato Rural de Castro.

Para Agustin Correa, MKT Coovaeco e coordenador do grupo, "a experiência no Brasil tem sido extremamente positiva e enriquecedora. O itinerário desenhado foi notavelmente abrangente, incluindo uma ampla gama de organizações, cooperativas e produtores. Este planejamento exaustivo deu-nos uma perspectiva geral sobre o funcionamento do setor no país vizinho”, conta.

Agustin diz que um aspecto notável foi a oportunidade de conhecer em primeira mão o funcionamento das diversas organizações visitadas. “Tivemos o privilégio de sermos orientados por pessoas relevantes e referências de cada entidade, o que acrescentou um valor significativo às nossas visitas. Este acesso direto a especialistas nas suas áreas permitiu-nos obter informação precisa e atualizada sobre os seus métodos e estratégias de trabalho”, fala.

Ele destaca ainda que “em cada uma das paragens do tour conseguimos estabelecer diálogos diretos com os nossos interlocutores, o que foi extremamente benéfico. Estas conversas facilitaram uma troca fluida de experiências, permitindo-nos não só aprender sobre as suas práticas, mas também partilhar as nossas próprias. A qualidade destes encontros foi notável, proporcionando-nos insights valiosos que, sem dúvida, serão muito úteis no nosso futuro desempenho profissional”.