Vereador foragido por homicídio recebe licença da Câmara de Reserva
Zé Odílio, suspeito de matar o próprio sobrinho, continua sendo procurado pela polícia
Publicado: 15/08/2024, 15:11
O vereador José Odílio dos Santos (MDB), de Reserva, está licenciado da Câmara Municipal por três meses. A decisão foi tomada em sessão extraordinária nesta terça-feira (15), após o parlamentar ser apontado como o principal suspeito de assassinar o próprio sobrinho, Diógenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos. Zé Odílio, como é popularmente conhecido, é foragido da polícia desde o dia 6 de julho. Ele é acusado de ter assassinado o sobrinho durante o velório de um familiar de ambos, após uma discussão sobre uma dívida.
Em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã, o vice-presidente da Casa de Leis, Carlos Roberto Tosta, afirmou que o pedido de licença é um direito dos vereadores, sendo aceito por unanimidade pelos representantes do Legislativo. “O Zé protocolou um pedido virtual para seu advogado, o qual foi aceito por unanimidade na sessão da Câmara Ordinária de terça-feira (13). Agora, cabe ao Tribunal Eleitoral convocar o suplente para assumir o cargo por até 120 dias, conforme previsto no Regimento Interno da Câmara Municipal.”, afirmou ele, explicando que caso isso não ocorra, o Legislativo deve utilizar outros meios.
Vale destacar que a defesa do advogado, na figura de Jorge Sebastião Filho, afirmou que ainda não teve acesso aos autos do processo devido a um segredo de justiça, tão pouco isso ocorra o Vereador deve se manifestar acerca do tema. Já o Delegado da Polícia Civil de Reserva, Silas Castro, destacou que o inquérito já foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário, cabendo ao Ministério Público aceitar a denúncia que acusa o vereador de homicídio qualificado.
RELEMBRE - O vereador José Odílio dos Santos (MDB) e seu irmão são procurados pela polícia após a emissão de um mandado de prisão preventiva. Eles são suspeitos de envolvimento na morte de Diorgenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos, sobrinho do vereador, durante um velório. Segundo a investigação, Diorgenes teria cobrado uma dívida da venda de um trator do vereador, o que teria motivado o crime. Testemunhas relataram que o vereador efetuou três disparos de arma de fogo na cabeça do sobrinho, que morreu na hora.