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Região recebe verba da Petrobras para viveiros florestais

Investimento de R$ 35,1 milhões será viabilizado com recursos da indenização paga pela empresa em virtude do acidente ambiental no Rio Iguaçu

Novo acordo sobre o uso dos recursos da indenização da Petrobras vai permitir ao Estado reestruturar os viveiros e laboratórios
Novo acordo sobre o uso dos recursos da indenização da Petrobras vai permitir ao Estado reestruturar os viveiros e laboratórios -

Publicado por Heryvelton Martins

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O Governo do Paraná anunciou um investimento de R$ 35,1 milhões para a reestruturação dos 19 viveiros florestais e dois laboratórios de sementes do Instituto Água e Terra (IAT). O recurso, proveniente da indenização paga pela Petrobras pelo acidente ambiental no Rio Iguaçu em 2000, visa ampliar a produção de mudas nativas e fortalecer a restauração ambiental em todo o estado.

Entre os viveiros que serão beneficiados estão os localizados em Fernandes Pinheiro e Tibagi, que desempenham um papel crucial na produção de mudas para a recuperação de áreas degradadas e na conservação da biodiversidade da região. A iniciativa busca aumentar a quantidade e diversidade de espécies coletadas, além de aprimorar a infraestrutura dos viveiros e laboratórios.

ACIDENTE – Os recursos servem como compensação financeira aos danos causados pelo vazamento de cerca de 4 milhões de litros de petróleo de uma válvula do oleoduto que transportava o combustível fóssil do porto de São Francisco, em Santa Catarina, até a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária.

Os impactos do acidente alcançaram 40 quilômetros de extensão do Rio Iguaçu na época, além de contaminar aproximadamente 140 hectares de solo, o que trouxe sérios prejuízos à fauna e flora da região do Alto Iguaçu. A reparação envolve danos causados a anfíbios, aves, mamíferos, peixes, flora, qualidade do ar e águas subterrâneas.

HISTÓRICO – Após duas décadas tramitando no Judiciário, o acordo para o pagamento da indenização por parte Petrobras foi celebrado em 2021. Porém, atendendo à ação civil pública promovida pelo Ministério Público do Estado do Paraná, a Justiça Federal suspendeu, em março de 2022, o repasse dos valores.

A decisão original previa o repasse de R$ 930 milhões do FEMA para aplicação em ações ambientais no Paraná. Parte deste montante, na ordem de R$ 105 milhões, havia sido liberada sendo aplicada pelo IAT na compra de caminhões para auxiliar os municípios no abastecimento de água, combate a incêndios, limpeza de calçadas e na gestão de resíduos sólidos. Com juros e correção, o valor bloqueado pela Justiça é atualmente de R$ 1,2 bilhão.

Além dos valores financeiros, a Petrobras se comprometeu a remediar os danos causados e tomar medidas para evitar novos desastres ambientais.

Com informações de AEN.

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