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Caminhada marca Dia de Conscientização sobre o Autismo em Castro

Ação da Associação Amigos Autistas da Região de Castro será no dia 06 de abril

Mais de 300 pessoas participaram da caminhada em 2023 pela rua Dr. Jorge Xavier da Silva
Mais de 300 pessoas participaram da caminhada em 2023 pela rua Dr. Jorge Xavier da Silva -

Publicado Por Larissa Bim

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Pelo quarto ano, a Caminhada do Autismo em Castro vai reforçar a importância da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pelo menos 300 pessoas são esperadas para participar da ação que será no sábado, dia 06 de abril, pela rua Dr. Jorge Xavier da Silva. A concentração começa às 9 horas na praça Senador Souza Naves, em frente à Caixa Econômica, e a partida está prevista para as 9h30. O percurso de 1,4 km terminará na praça Duque de Caxias, perto da rodoviária.

Durante todo o trajeto, voluntários, pais e profissionais que integram a Associação Amigos Autistas da Região de Castro (Amar-C) vão distribuir panfletos, adesivos e levantar cartazes sobre inclusão e respeito. Comerciantes da cidade que apoiam a ação deixarão as vitrines das lojas da rua do comércio enfeitadas em tons de azul, para celebrar a data.

Os voluntários vão reforçar também o convite para que pais e tutores preencham o formulário de cadastro da Amar-C. O documento, disponível na internet, é uma forma de a Associação levantar dados sobre a realidade das famílias para traçar metas de atuação. “A ideia é traçar um perfil, ter um levantamento consistente de dados, para podermos levar as demandas até o setor público, por exemplo”, comenta Juliana Mendes, voluntária e mãe do Miguel.

A AMAR-C - Em um grupo de WhatsApp, mais de 250 pessoas que cuidam de crianças e adultos autistas em Castro e outras cidades da região trocam informações diariamente. Além de compartilhar conhecimento para combater o preconceito e ajudar as famílias a compreenderem o que é o autismo, o grupo da Associação Amigos Autistas da Região de Castro (Amar-C) também oferece o acolhimento necessário aos pais quando recebem o diagnóstico. No grupo, estão ainda profissionais de várias áreas que prestam atendimento a pessoas com TEAs.

O grupo inicialmente se chamava Família Azul, referência à cor relacionada às campanhas de conscientização sobre o autismo, e foi criado há cerca de seis anos. Atualmente, a Amar-C é composta por 12 pessoas na diretoria e mais inúmeros voluntários, como professores, psicólogos, psicopedagogos, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros terapeutas que estão em contato direto com os pais e cuidadores de pessoas autistas.

Uma das regras para entrar no grupo é o laudo médico, porém, como em muitos casos a investigação é demorada, os familiares são incluídos para acolhimento. “Realizamos a caminhada, palestras, encaminhamos as famílias para os atendimentos oferecidos pelo poder público e priorizamos a troca de informações, que é essencial para que as famílias conheçam seus direitos e compreendam como podem auxiliar no desenvolvimento dos autistas”, afirma Angelita Schmidki, presidente da Amar-C e mãe do Diogo.

“O processo de acolhimento também é muito importante. Agora, por exemplo, estou há duas semanas conversando com uma mãe que acabou de receber o diagnóstico e estava muito nervosa. Quando as famílias conhecem nossas histórias, ficam mais tranquilas, porque sabem que não estão sozinhas”, completa a presidente.

O grupo também integra pessoas de outras cidades da região, como Piraí do Sul, Carambeí e Ponta Grossa. Para participar, o primeiro passo é entrar em contato com a diretoria da Amar-C pelo (42) 99969-0404. No Instagram, a Associação está no @@amarc_autismo. A entidade não tem fins lucrativos e se mantém com doações e ações entre amigos.

DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O AUTISMO - O dia 02 de abril foi criado em 2007 pela ONU e instituído no Brasil em 2018 para promover conhecimento sobre o espectro autista e sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas.

O autismo é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro e afeta aspectos da comunicação, linguagem, comportamento e interação social. Os TEAs aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, mas, em alguns casos, com as terapias adequadas e regulares, as condições podem diminuir. É uma condição crônica, mas não é doença. Para efeitos legais, a pessoa autista é considerada pessoa com deficiência e, no Brasil, a Lei nº 12.764/2.012 institui uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. A fita quebra-cabeça é o símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista.

Com informações: assessoria de imprensa 

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