UEPG deve movimentar mais de R$ 700 milhões neste ano | aRede
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UEPG deve movimentar mais de R$ 700 milhões neste ano

Movimentação financeira traz benefícios em todas as áreas para a população dos Campos Gerais

Miguel Sanches Neto detalha planos de expansão na área da saúde e os benefícios para a população
Miguel Sanches Neto detalha planos de expansão na área da saúde e os benefícios para a população -

Luciana Brick

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Fundada há mais de 50 anos, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi a primeira instituição de ensino superior no interior do Paraná e segue como a principal nos Campos Gerais em termos educacional e econômico. “A interiorização do ensino superior começou com a UEPG, quando ela ainda era a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Desde então, a Universidade vem mantendo uma presença muito forte nas mais diversas áreas. Se olharmos para toda a parte de serviços públicos que temos no município, a maioria passa pela UEPG. São profissionais que foram formados pela UEPG ou têm relações diretas com a UEPG. Em termos de economia, é o segundo maior orçamento dos Campos Gerais. É um orçamento somando o HU [Hospital Universitário], a universidade, os projetos federais, emendas parlamentares, enfim, toda a movimentação financeira ultrapassa R$ 700 milhões, é um orçamento robusto e que tem uma repercussão direta na economia”, destaca o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto.

Ele observa que “as pessoas que trabalham na UEPG gastam na região, elas vivem na região, elas movimentam a economia. Muitas famílias mandam seus filhos para Ponta Grossa para estudar na universidade, que também mexe com a economia regional. E também as compras, as licitações, enfim, todos os serviços que a universidade contrata dão uma pujança muito grande para a região”, diz.

Para o reitor, o papel de grande relevância da UEPG é a mudança de mentalidade de uma cidade, de uma região. “Todos os que passam pela universidade saem transformados e querendo uma sociedade diferente, querendo desenvolvimento econômico, mas desenvolvimento cultural, social, desenvolvimento em todas as áreas e esta repercussão de universidade pública é fundamental para o desenvolvimento das regiões”, diz.

CURSOS – Uma das novidades da UEPG neste ano é a ampliação do número de vagas no curso de Medicina. Serão dez vagas a mais, assim a universidade passará a formar 50 médicos a cada ano. “Isto é muito importante porque os médicos que se formam na UEPG ficam na região e eles melhoram a qualidade de vida da população da nossa região”, fala.

Outra novidade é o projeto para três novos cursos, sendo um deles Arquitetura e Urbanismo. “A nossa ideia já era oferecer no vestibular do ano passado para este ano, não conseguimos, mas estamos trabalhando para termos o curso”, explica.

O reitor afirma que existe um movimento também para a criação do curso de Psicologia, que é o mais solicitado na UEPG. “Temos esta demanda, estamos em estudo”, diz. E também o curso de Nutrição. “A oferta de um curso novo depende de uma série de elementos, mas achamos que é possível implementar estes cursos nos próximos vestibulares da UEPG, pelo menos é o objetivo da gestão”, diz.

OBRAS - Outra novidade envolve a acessibilidade dos campus (central e Uvaranas) da UEPG. “Vamos fazer este ano a licitação de toda a acessibilidade da UEPG, seremos um campus 100% acessível e isto é uma demanda urgente porque as universidades estaduais hoje reservam 5% das suas vagas de vestibular para pessoas com deficiência, mas não basta você dar a oportunidade de entrar na universidade se a universidade não estiver preparada para receber”, diz. O investimento deverá somar R$ 13 milhões.

A UEPG construirá, também neste ano, o Centro de Reabilitação (CER4) voltado as pessoas com deficiência. A construção será junto ao HU, em um investimento de quase R$ 8 milhões, liberado pela Ministra da Saúde e pelo deputado federal Aliel Machado.

AME – O Ambulatório Médico de Especialidades (Ame) é outra obra que deverá ser entregue no final deste ano. “Estamos fazendo uma coisa muito importante que é tirar toda a parte acadêmica de dentro do hospital para um prédio ao lado do hospital. Então, ao mesmo tempo que você libera espaço para mais leitos, para mais atendimento hospitalar, você não perde a conexão com o hospital, porque estará dentro do mesmo pátio, dentro da mesma região. É muito próximo, 50 metros um do outro. Então, ao criar o Ame, ampliaremos o espaço hospitalar do HU, podendo receber mais gente e ter outros tipos de serviços”, explica. E um dos serviços que serão implementados neste ano no HU é o de hemodinâmica, onde todos os equipamentos foram comprados. “Este setor é muito importante para o nosso aluno, porque ele vai ter este local de aprendizagem na própria universidade, mas é importante também para a população, porque é mais um serviço que ofereceremos”, diz.

No ano passado, a UEPG realizou um investimento, com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, de R$ 16 milhões em equipamentos para o HU e os mesmos estão chegando agora.  “Nós modernizamos todo o parque tecnológico do nosso hospital e isto também vai ser revertido em benefício da população dos Campos Gerais”, afirma.

O HU atende prioritariamente a regional de Ponta Grossa, que envolve todos os Campos Gerais, e as regionais de Telêmaco Borba e Irati. “São três regionais atendidas e nós mais que dobramos o número de leitos do hospital. Hoje estamos com 303 leitos e ele tinha um orçamento, quando assumimos, de R$ 73 milhões ao ano. O ano passado fechamos um orçamento de R$ 220 milhões, então, este aumento do orçamento é traduzido em aumento de atendimento para a população; acho que isto só mostra como o hospital vem crescendo”, conta. “Hoje, dos hospitais universitários estaduais, somos o segundo maior, só perdemos para o hospital universitário de Londrina. Estamos fazendo em torno de 190 mil atendimentos por ano e o hospital HU de Londrina faz 220 mil, só que temos a metade do tamanho do hospital de Londrina. Então temos muitas oportunidades que serão ampliadas com a inauguração do Ame, onde tiraremos os ambulatórios, que são os consultórios, e uma parte já está na Amadeu Pupi, e colocaremos o que está hoje no hospital, colocaremos no ambulatório do Ame, liberando espaço hospitalar”, explica.

PRONTO SOCORRO – “Desde que assumimos a reitoria, assumimos com a filosofia de que a UEPG tem que fazer a diferença na vida daquelas pessoas que não conseguiram chegar aos bancos universitários. Então o nosso compromisso não é apenas com os nossos alunos, que é o nosso compromisso de ensino; não é apenas com os nossos servidores, mas é com a população e para chegar a esta população o braço mais forte que a universidade tem é a saúde, que é o braço do atendimento hospitalar, do atendimento médico, do atendimento geral na área da saúde. E já na primeira gestão, assumimos o Hospital da Criança, o hospitalzinho, como se falava aqui, que hoje é o Hospital Universitário Materno-Infantil, o Humai. Antes o hospital fazia 40 cirurgias pediátricas por ano e agora fazemos 40 por mês e isto para ver a dimensão que o hospital assumiu. E nesta fase de ampliação dos atendimentos da saúde temos o Ame e o Amadeu Pupi (pronto socorro), este último uma transferência do município para a UEPG, para que transformássemos aquele espaço num centro de ambulatório, um centro de atendimento”, conta o reitor.

Nesta primeira fase, segundo ele, são realizadas consultas de pacientes encaminhados pela unidade de pronto atendimento (UPA) E unidade básica de saúde (UBS), mas futuramente será transformado em um hospital dia, onde pequenos procedimentos serão realizados e o paciente voltará para a casa, sem a necessidade de internação.  

O prédio do Pronto Socorro passará por reformas para que o atendimento possa ser ampliado.

IML – O novo Instituto Médico Legal (IML) deverá ser inaugurado no final deste ano. “É uma obra que está indo com muita rapidez e é uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Científica do Paraná; é o primeiro IML universitário do Brasil, é um IML construído na universidade e ele faz a união da parte acadêmica, então tem um bloco que é o acadêmico e a parte propriamente do IML, que é a parte mais técnica”, explica.

O reitor lembra que o IML “sempre foi um problema crônico em Porta Grossa, e com isso nós não só estamos resolvendo o problema do IML, que não é obrigação da UEPG, foi uma coisa que nós decidimos fazer, como estamos também ampliando e tornando este IML um modelo para as universidades brasileiras, fazendo com que o ensino e a assistência e a atenção as pessoas funcionem no mesmo espaço”, fala.

Ele observa ainda que neste novo espaço será trabalhado em conjunto com a Polícia Científica, o que traz outro benefício que é a segurança do local.

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