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Investimento aplicado na Unidade Puma II alcança R$ 12 bilhões

Valor investido pela Klabin neste segundo trimestre na segunda fase da unidade em Ortigueira foi de R$ 433 milhões, alcançando R$ 954 milhões no semestre. Máquina de Papel 28 já está em operação

Segunda fase da Unidade Puma II entrou em operação em junho
Segunda fase da Unidade Puma II entrou em operação em junho -

Fernando Rogala

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A produção de papel-cartão na Máquina de Papel 28, que compreende a segunda fase do Projeto Puma II da Klabin, em Ortigueira, já foi iniciada. O start-up ocorreu no dia 9 de junho, mas os investimentos não pararam por aqui. Somente no segundo trimestre deste ano, entre abril e junho, a Companhia aplicou R$ 433 milhões na fábrica construída na região dos Campos Gerais. Somando o que foi aplicado no primeiro trimestre, um total de R$ 954 milhões foram injetados na segunda fase do projeto. No total, a empresa registrou R$ 1,34 bilhão de Ebitda Ajustado (Lucro antes dos Juros, Impostos, Taxas, Depreciação e Amortização) no segundo trimestre.

Somente na primeira fase do Projeto Puma II, que foi concluída com o início das operações da Máquina de Papel 27, em 30 de agosto de 2021, a Companhia investiu R$ 7 milhões no período de pouco mais de dois anos – as obras começaram em 3 de julho de 2019. Desde então, até o final de junho deste ano, foram mais R$ 5 bilhões consolidados nesse projeto, totalizando um investimento que já alcançou R$ 12 bilhões aplicados em quatro anos, se tornando o maior investimento da história da Companhia e o maior investimento privado da história do Paraná.

O aporte total que foi anunciado para a unidade é de R$ 12,9 bilhões. Segundo a Companhia, no release de resultados do segundo semestre, “os investimentos remanescentes para a conclusão do Projeto serão financiados pela posição de caixa da Companhia e pela geração de caixa proveniente dos negócios correntes, podendo ser complementado pelo saque de financiamentos já contratados e ainda não sacados junto a ECA’s, BID Invest, IFC, JICA e Finnvera, sem necessidade de contratação de financiamentos adicionais”.

A nova máquina tem capacidade de produção de 460 mil toneladas por ano e flexibilidade para produzir outros papéis, como White Top Liner e Kraftliner. Com tecnologia avançada, o equipamento foi projetado para desenvolver cartões com mais resistência e qualidade, direcionados, principalmente, para os segmentos de alimentos e bebidas, como embalagens longa vida, cerveja em lata e garrafa, industrializados (cereal, chocolate, pizza, entre outros) e para o crescente setor de food service (copos e bandejas). 

Unidade tem investimento complementar

Cabe ainda lembrar que a Companhia comunicou ao mercado em 6 de dezembro de 2022 a aprovação pelo Conselho de Administração de um investimento complementar para produção de papel-cartão branco, o que permitirá a flexibilidade de produção de até 105 mil toneladas de papel-cartão branco em substituição ao papel-cartão marrom. De acordo com o documento de demonstrações financeiras, divulgado nesta terça-feira (1) a investidores, o investimento bruto orçado para a construção do Projeto Puma II, incluindo o investimento incremental para a conversão da máquina da segunda etapa para a produção de papel cartão, é de R$ 13,22 bilhões.

Neste mês de julho, a foi iniciado, em caráter teste, a produção do papel cartão, com uma quantidade inicial de 3.175 toneladas de cartão tipo Folding Box Board (FBB). Para viabilizar a produção de papel-cartão de alto padrão, foram realizadas adaptações e instalações específicas na MP28. Segundo a Companhia, a maior parte dos sistemas da máquina já opera de forma bem-sucedida.

Parada para manutenção

No segundo trimestre de 2023, conforme previsto, ocorreram as paradas gerais de manutenção, sendo na unidade Puma I (celulose) e Puma II (papéis). A parada teve duração de 18 dias, cinco a mais do que um evento típico, em função do aumento de escopo e interligações do Puma II, como preparação para a entrada em operação da MP28. Os custos de manutenção na unidade totalizaram R$ 155 milhões.

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