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Soja gera R$ 8,78 bi em riquezas nos municípios da região

Os 31 municípios da região foram responsáveis por quase um quarto do VBP da soja em âmbito estadual na safra 2021/22. Valor cresceu 8% e Tibagi foi a cidade que mais gerou riquezas com o grão no Paraná

Somente o município de Tibagi, líder estadual, foi responsável por 3% de todo o VBP gerado pela soja no Estado do Paraná na safra 2021/22
Somente o município de Tibagi, líder estadual, foi responsável por 3% de todo o VBP gerado pela soja no Estado do Paraná na safra 2021/22 -

Fernando Rogala

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A soja foi o produto que mais gerou riquezas no campo aos municípios da região dos Campos Gerais no ano passado. Dados preliminares do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), referentes a 2022, divulgados há alguns dias pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), através do Departamento de Economia Rural (Deral), revela que a soma do valor bruto de cada um dos 31 municípios dos Campos Gerais e Centro Sul do Paraná resultou em um VBP de R$ 8,78 bilhões. Na comparação com os R$ 8,12 bilhões da safra anterior, o crescimento foi de 8,17%, o que representa uma elevação de R$ 663,69 milhões.

Esse valor foi alcançado mesmo em um cenário de grande quebra de safra no Estado do Paraná, a maior em mais de uma década. O fato é que o VBP da soja do Estado, que alcançou R$ 51,2 bilhões em 2021, representando um percentual de 28% do total paranaense, teve uma retração de 30% ao cair para R$ 35,8 bilhões em 2022, derrubando a participação para 19% do total paranaense. Por outro lado, mostra que a região teve uma participação bastante expressiva na participação estadual, representando 24,5% do VBP da soja paranaense – ou seja, dos 399 municípios paranaenses, os 31 da região geraram quase um quarto da riqueza com esse grão.

Das 31 cidades dos Campos Gerais, o Valor Bruto da Produção da soja cresceu em 26 deles, tendo queda em apenas cinco municípios – a maior parte deles mais nos extremos da regional, no Norte e no Leste. A maior baixa foi observada em Ortigueira, de 15%, com uma baixa de R$ 50,6 milhões nos valores gerados pelo grão. As outras quedas maiores foram observadas em Cândido de Abreu (-8,8%), Ivaí (-3,93%) e Imbaú (-3,8%). Em Paulo Frontin a baixa foi mínima, de 0,08%. 

VARIAÇÕES

Por outro lado, os maiores crescimentos do VBP do grão foram de Inácio Martins, de 49,8%, ao saltar de R$ 58,05 milhões para R$ 86,96 milhões; e de Imbituva, com uma alta percentual de 32,25%, aumentando de R$ 246,8 milhões para R$ 326,4 milhões. Em valores absolutos, Imbituva teve o segundo maior crescimento no VBP da soja, de R$ 79,6 milhões, inferior apenas ao crescimento registrado por Tibagi, de R$ 97,7 milhões.

LÍDER ESTADUAL

O município de Tibagi foi o líder em VBP não só da região, mas também em nível estadual, superando a casa de R$ 1 bilhão – o valor cresceu de R$ 981 milhões, em 2021, para R$ 1,078 bilhão na safra do ano passado, com crescimento de 9,96%. Essa é a segunda vez consecutiva que Tibagi registrou a maior produção de soja no Estado do Paraná. 

PRODUÇÃO

Somadas as produções dos municípios pertencentes aos núcleos regionais do Deral de Ponta Grossa e de Irati, que abrangem 28 municípios, foram mais de 2,73 milhões de toneladas de soja produzidas, em cerca de 730 mil hectares – sendo a maior produção da história do núcleo de Irati, de 691,3 mil toneladas. Esses 28 municípios das duas regionais representaram 22% de toda a produção paranaense, de 12,4 milhões de toneladas. O valor estadual foi impactado pelas grandes quebras no Oeste paranaense, com regionais que tiveram perdas que superaram os 70%. “Tivemos uma quebra de mais de 13,5 milhões de toneladas, considerando o feijão, milho, soja e trigo. Se não fossem as perdas, teríamos alcançado cifras ainda maiores”, completa o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara

Grão é o principal produto em 24 municípios

Entre os produtos únicos do VBP, a soja foi o produto que mais gerou riqueza em 24 municípios – as únicas exceções foram Castro e Carambeí com o leite que liderou no VBP; São João do Triunfo, Rio Azul e Guamiranga com o Fumo; e Telêmaco Borba e Inácio Martins com tora, sendo a primeira com para papel e celulose e a segunda pinus para laminadora. Se fazer a somatória de produtos semelhantes, o total do VBP de madeira processada (papel e celulose, laminadora, painéis e serraria) superou a soja também em Sengés e Imbaú. Onde a soja não é líder, ela aparece na segunda colocação, com exceção de Telêmaco Borba, na qual os cinco primeiros produtos são relacionados à produção madeireira.

Variação do VBP da soja em todos os municípios da região
Variação do VBP da soja em todos os municípios da região |  Foto: Arte: Geverson Dalzotto
  
Região teve alta participação no VBP estadual
Região teve alta participação no VBP estadual |  Foto: Arte: Geverson Dalzotto
 
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