Faturamento das cooperativas da região supera R$ 18,6 bi

O faturamento das três maiores cooperativas agroindustriais da região dos Campos Gerais, a Capal, a Castrolanda e a Frísia, que compõem a Unium, cresceu R$ 4,35 bilhões apenas em 2022. Dados revelados pelas três cooperativas em seus relatórios anuais mostram que a soma do total movimentado por elas alcançou a marca de R$ 18,61 bilhões no ano passado. É um valor 30,5% superior aos R$ 14,26 bilhões alcançados no decorrer de 2021. Todas elas alcançaram resultados recordes.

O maior valor alcançado segue com a Castrolanda, que teve um faturamento que alcançou R$ 7,26 bilhões. Trata-se de um montante que cresceu 25,1% em relação aos R$ 5,80 bilhões alcançados em 2021, o que significa um crescimento de R$ 1,46 bilhão. O resultado líquido da cooperativa foi de 252,6 milhões, o maior da história, 73,3% superior aos R$ 145,7 milhões registrados em 2022. Desse valor, R$ 119,3 milhões em sobras foram distribuídos entre os cooperados.

Apesar do resultado expressivo, a ‘mensagem da administração’ do relatório aponta que foi um ano de inúmeras incertezas, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que elevou os custos de insumos; a crise na suinocultura, que derrubou as exportações e trouxe queda nos preços; desiquilíbrio entre oferta e demanda do leite no mercado interno; e o crescimento da taxa básica de juros, que também elevou os custos. “O número [do faturamento], que nos mantém entre as maiores cooperativas do país, só foi possível de ser atingido graças ao esforço dos cooperados, deixando claro – novamente – que nosso crescimento é apenas um reflexo da força de trabalho dos associados”, descreve o texto.

Em relação ao aumento do faturamento, a maior alta foi da Frísia. A cooperativa elevou em R$ 1,85 bilhão as suas movimentações ao passar de R$ 5,2 bilhões para R$ 7,05 bilhões, em alta de 35,7%. O que ajuda a explicar esse expressivo crescimento foi o faturamento de R$ 522 milhões no Tocantins, resultado 118% superior aos valores registrados no ano de 2021, que somaram R$ 239,3 milhões. As sobras distribuídas no ano de 2022 chegaram a R$ 109,35 milhões, mais que o dobro do ano anterior, que foi de R$ 52,23 milhões. “Nosso resultado é reflexo de quase um século de dedicação ao principal ativo do cooperado: a terra. Tratamos muito bem dela, com produção sustentável, respeito ao meio ambiente e investimento. Temos cooperados empenhados a aumentarem a produtividade e colaboradores capacitados para colocar tudo que idealizamos em prática”, afirmou o presidente da Frísia, Renato Greidanus.

Já a Capal elevou em R$ 1,04 bilhão o seu faturamento ao passar de R$ 3,26 bilhões para R$ 4,3 bilhões, em incremento de 31,9%. O balanço financeiro revelou que o resultado líquido é o maior já conquistado pela cooperativa, de R$ 231 milhões – em relação a 2021, o valor atual aponta um crescimento de 33%. “Estamos muito orgulhosos do resultado deste ano porque enfrentamos muitas dificuldades para a tomada de decisões no decorrer de 2022. No fim, só temos a agradecer a todos pela eficiência e confiança, finalizamos o ano com faturamento recorde, o que comprova que o cooperativismo é uma união de forças bem estruturada para os desafios que acometem o agronegócio”, declarou o presidente do Conselho de Administração, Erik Bosch.

Assembleia Geral da Ocepar ocorre segunda

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Sistema Ocepar será realizada na segunda-feira (3), na sede da entidade, em Curitiba, a partir das 14h. Na oportunidade, será realizada a prestação de contas do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2022, que contempla o Balanço Patrimonial e as demonstrações de resultado, relatório da auditoria independente e parecer do Conselho Fiscal. No Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, em dezembro do ano passado, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, adiantou que o faturamento do setor cresceu mais de 22% e superou os R$ 180 bilhões. O governador do Paraná, Ratinho Junior, confirmou presença no evento.