Municípios da região avaliam alternativas para geração de energia

A geração de energia elétrica atrelada à gestão de resíduos orgânicos é um sistema que tem chamado a atenção de diversas prefeituras que compõem a região dos Campos Gerais. No decorrer dos últimos dias, gestores de Tibagi, Irati, Palmeira e Rebouças procuraram informações sobre projetos ligados a usinas termoelétricas a biogás.

Uma usina a biogás gera energia de maneira limpa e renovável. O processo ocorre a partir da captação do biogás da decomposição de matéria orgânica (resíduos orgânicos) por bactérias. Na geração de energia do biogás, ocorre a conversão da energia química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão. Essa energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica. O biogás também pode ser usado em caldeiras por meio de sua queima direta para a geração de energia.

Na última semana, a equipe da Prefeitura de Tibagi, por exemplo, realizou uma visita técnica em uma usina de biogás, localizada na Castrolanda. Em parceria com o Sebrae, responsável pela visita e por apoiar ações que visam gerar sustentabilidade, um estudo de viabilidade para a instalação em Tibagi. A proposta é implantar uma estrutura semelhante no município. 

Gestores fazem mapeamento

Na quarta-feira (8), os prefeitos Sérgio Belich (União), de Palmeira; Jorge Derbli (PSDB), Irati; e Luiz Everaldo Zak (PSD), de Rebouças, participaram de uma visita técnica na usina termoelétrica a biogás localizada em Ponta Grossa. Também estiveram presentes a vice-prefeita de Irati, Ieda Waydzik (PV) e o secretário de Meio Ambiente, Cultura, Turismo e Comunicação de Palmeira, Rodrigo Haniskievicz. A visita foi coordenada pelo secretário de Meio Ambiente de Ponta Grossa, André Pitela, e pelo diretor do Grupo Philus, Marcus Borsato.

Em entrevista concedida ao Jornal da Manhã e Portal aRede, Belich falou sobre o mapeamento de iniciativas realizado pela atual gestão. “Desde que eu assumi o mandato, estamos buscando alternativas para acabar com o atual modelo do nosso aterro sanitário. Temos a intenção de transformar resíduos em energia elétrica e ampliar ações de reciclagem. Já visitei outros projetos no Paraná e outros estados”, explicou.

Visita realizada nesta semana contou com a presença de outros gestores da região |  Foto: Divulgação

Estudo de viabilidade

Sobre a visita realizada em Ponta Grossa, o gestor se posicionou. “É um sistema que utiliza apenas resíduos orgânicos, o que também é muito interessante. A cidade realiza hoje uma coleta especializada visando esse abastecimento. É uma saída que nos permite pensar. Conversamos com a empresa e vamos buscar, através do consórcio, ou da prefeitura, para estudar a viabilidade de algo semelhante na nossa cidade”, afirmou. A reportagem tentou contato com os outros prefeitos presentes na visita, mas não obteve retorno até a publicação.

Região busca maior eficiência energética

A iluminação pública de 20 municípios paranaenses está passando por um processo de modernização com o incentivo do Programa de Eficiência Energética da Copel. Entre as cidades das regiões Centro-Sul e dos Campos Gerais que fazem parte do projeto estão Tibagi, Irati e Mallet. São 15 projetos em fase de conclusão e outros cinco em andamento, resultado de duas chamadas públicas abertas pela concessionária de energia nos últimos anos para financiar ações de combate ao desperdício de energia. 

O valor total destinado a melhorias na iluminação pública soma R$ 36 milhões repassados a fundo perdido para os municípios que tiveram seus projetos aprovados. Entre eles está Tibagi, que já está concluindo a troca de equipamentos no sistema. Já Irati está entre os municípios selecionados que estão em fase de licitação ou execução dos serviços. Recentemente, a Copel divulgou o resultado de sua última chamada pública de projetos, cujos contratos serão formalizados após homologação pela Aneel. Nesta ocasião, Mallet está entre as cidades que tiveram propostas aprovadas.

Com informações da Assessoria de Imprensa