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Região projeta maior colheita de trigo dos últimos oito anos

Com a maior área plantada desde 2014 e um rendimento esperado de quase 3,8 mil quilos por hectare, perspectiva é de uma colheita de aproximadamente 635 mil toneladas de trigo

Região dos Campos Gerais é a maior produtora do Paraná, correspondendo a 16,3% do total estadual
Região dos Campos Gerais é a maior produtora do Paraná, correspondendo a 16,3% do total estadual -

Fernando Rogala

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Tem início, nesta semana, a colheita de trigo no Paraná. O lançamento oficial do início da colheita dessa safra 2022 do cereal no Estado, realizado pelo Secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, está marcado para às 11h desta quarta-feira (24), no Show Rural de Inverno da Cooperativa Coopavel, em Cascavel. Principal cultivo de inverno no Estado, há a previsão, neste ano, de uma colheita de quase 4 milhões de toneladas. Se o valor vir a ser confirmado, será uma colheita 22% superior ao rendimento total do ano passado, que rendeu 3,2 milhões de toneladas.

Na região dos Campos Gerais, as perspectivas também são positivas. A área plantada neste ano é de 167.950 hectares, valor quase 8% superior ao do ano passado (155.480 hectares). É a maior área plantada dos últimos sete anos – antes do atual período, a maior área plantada foi registrada na safra 2014/15, quando o total ocupado com esse cultivar foi de 174,9 mil hectares. A previsão de colheita é a maior dos últimos anos, de 635 mil toneladas, inferior somente à safra de 2013/14, quando o total retirado dos Campos Gerais alcançou 677,5 mil toneladas. Em relação às 515,6 mil toneladas da safra passada, o crescimento é de 23%

A colheita do trigo na região dos Campos Gerais, que é a maior produtora de trigo do Paraná (16,3% do total) começa no dia 20 de outubro e dura cerca de um mês, em média, até o dia 20 de novembro, quando o cultivar é retirado para o plantio, em sua maioria, de soja.

“Esse aumento na área aconteceu, principalmente, em função dos preços. E essa área só não aumentou mais por causa da área da cevada, que também cresceu”, revelou Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional do Departamento de Economia Rural de Ponta Grossa da SEAB. Dados do Deral apontam que a cotação diária está, em média, em R$ 108 a saca de 60 quilos, valor 18,6% superior aos R$ 91 pagos, em média, no mesmo período de agosto de 2021. A área plantada de cevada, a que ele se refere, passou de 20,1 mil hectares para 25,8 mil, ou seja, 28,3% maior.

Questionado sobre as condições das lavouras, Vantroba afirmou que tudo está dentro dos conformes, com baixa incidência de doenças, e um clima que pouco impactou na qualidade. “Os produtores sofreram um pouco com a seca de julho, mas em agosto voltou a chover. O potencial está mantido, de 3,7 mil a 4,1 mil quilos por hectare. Estamos trabalhando com 95% da área em boas condições e 5% em condições médias”, completa.

Frio extremo não impacta na região

Em relação ao frio extremo desse fim de semana, com município que registraram temperaturas negativas, ele afirma que a fase da cultura ainda não é susceptível ao frio extremo. Atualmente, 40% da área está em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 20% em frutificação. “A fase mais avançada está mais ao norte da regional, como Arapoti, Tibagi e Ventania. O frio foi mais forte ao sul do Núcleo Regional, como Castro, Ponta Grossa, Ipiranga, Palmeira, onde a cultura está em desenvolvimento vegetativo, e não corre risco”, conclui Vantroba.

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