Região lidera o crescimento na arrecadação federal
Entre as cinco delegacias regionais da Receita Federal no Paraná, a de Ponta Grossa tem o melhor desempenho, com crescimento de 38% em relação ao mesmo período em 2020
Publicado: 26/10/2021, 18:55
Entre as cinco delegacias regionais da Receita Federal no Paraná, a de Ponta Grossa tem o melhor desempenho, com crescimento de 38% em relação ao mesmo período em 2020
A delegacia regional da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, uma das cinco do Paraná, apresenta o melhor desempenho do Estado no quesito crescimento de arrecadação em 2021. Somados todos os valores recolhidos mensalmente junto aos 64 municípios abrangidos pela circunscrição, foram arrecadados R$ 4,62 bilhões em tributos federais entre janeiro e setembro. Na comparação com os R$ 3,33 bilhões acumulados no mesmo período em 2020, a alta é de R$ 1,28 bilhão, o que corresponde a um aumento nominal (sem considerar a inflação) de 38,6%. Os dados da arrecadação foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Receita Federal.
Somente levando com consideração os números de setembro, foram recolhidos R$ 594,6 milhões em tributos fazendários e previdenciários. O valor é, em termos nominais (sem considerar a inflação), 21,9% maior que o registrado em setembro de 2020, quando a arrecadação alcançou o montante de R$ 487,8 milhões. Considerando o IPCA acumulado nos últimos 12 meses (10,25%) houve um aumento real de 10,6% na arrecadação. É um incremento observado sobre a maior arrecadação mensal registrada em 2020 – antes de setembro, a maior arrecadação de 2020 tinha sido os R$ 469 milhões de janeiro.
Demetrius Soares, delegado regional da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, lembra que ainda é um crescimento que sofre os reflexos das medidas adotadas em 2020, de enfrentamento à pandemia da covid-19, especialmente o adiamento de tributos. Porém, este não é o único fator. “Isso também ocorre em função da recuperação da atividade econômica, que está em recuperação, e com isso observamos um aumento na arrecadação, como consequência”, afirma, lembrando que o recolhimento de vários impostos lançados no início do ano de 2020, foram pagos no último trimestre do ano. “Então vai começar a perder a força esse impacto do adiamento do pagamento dos tributos”. Ainda assim, há uma estimativa de que a arrecadação possa fechar o ano próxima à casa dos R$ 6 milhões - o que significaria uma alta nominal de aproximadamente 15% sobre os R$ 5,19 bilhões de 2020.
No Brasil, impulsionada pela recuperação da economia e pelo aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a arrecadação federal bateu recorde para o mês de setembro, totalizando R$ 149,1 bilhões, valor 12% superior a 2020, em termos reais (já descontado o IPCA).
Apenas IPI teve redução no recolhimento em setembro
Entre os impostos recolhidos, quase todos apresentaram crescimento em setembro, com destaque para o PIS, que aumentou 111,6% (de R$ 14,8 milhões para R$ 31,4 milhões), IRRF, que subiu 50,5%, e IPI, que aumentou 40,1%. Por outro lado, apenas um apresentou uma redução nominal em relação a setembro de 2020, o IRPJ, que foi 17,1% inferior. Foi o único mês negativo desse tributo. “Isso aconteceu porque um grande contribuinte que atua no ramo de prestação de serviços apresentou queda na arrecadação desse imposto. Mas temos equipes da jurisdição nacional, que exercem acompanhamento diferenciado, que estão fazendo o monitoramento”, esclarece Soares.