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Construção civil enfrenta escassez de matéria-prima

Tijolos, metais, cimento, vidro, entre outros produtos estão em falta e com valores mais altos

Além da falta, os produtos encontrados estão com valor mais alto
Além da falta, os produtos encontrados estão com valor mais alto -

Fernando Rogala

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Tijolos, metais, cimento, vidro, entre outros produtos estão em falta e com valores mais altos

Inúmeros produtos do setor da construção civil estão em falta na região dos Campos Gerais. Tijolo, aço, cimento, vidro, produtos básicos na área, estão com menor disponibilidade em todo o país, e isso inclui os municípios da região, e os ofertados, boa parte deles estão com alta no valor, alguns de até 30%. A informação foi confirmada com Helmiro Bobeck, que atuou por anos como presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) na região, e é empresário no segmento. “As construtoras maiores não são afetadas, devido às parcerias montadas. O que tem ocorrido é a falta de materiais de construção para as pequenas empresas e construtores, que fazem casas, que podem estar sem uma coisa ou outra”, informou. 

Segundo explicou Bobeck, há inúmeros fatores que ocasionaram esse cenário atual, especialmente atrelados à pandemia. Diante da paralisação realizada desde o final de março, o setor retraiu, e isso fez com que as fabricantes produtoras de matérias primas reduzissem demanda. “O maior problema é do aço: com a pandemia, algumas empresas aproveitaram para fazer a manutenção dos autofornos. Como ele funciona a 1000 °C, vai 30 dias para esfriar com segurança para a manutenção. Dependendo da manutenção vai até 70 dias, e são mais 45 dias para entrar em operação. Então aí vão seis meses”, explicou o empresário, lembrando que são poucas as empresas de dominam a produção nacional de aço. 

Com essa parada, outros setores relacionados também pararam ou reduziram a produção, como é o caso do cimento e do aço. “E, junto com isso, acaba ocorrendo o aumento de preço, e tem a política internacional, até estabilizar...”, completa Bobeck. “Então realmente há a falta de vários produtos. O cobre (utilizado em fios elétricos) também subiu demais por causa mercado internacional”, completou. 

Por outro lado, o tijolo não sofre apenas os efeitos da pandemia, mas também de uma sazonalidade que ocorre nesta época. “O inverno provoca uma redução na produção de tijolo. Então foi reduzido pela pandemia, reduziu no inverno, e, segundo nosso fornecedor, caiu muito para eles. E para retomar não é do dia para a noite; agora que ocorre um aumento de consumo, está reativando a economia. Então aumenta a oferta conforme a procura, porque há os custos desde o diesel dos tratores, mas à medida que pedem mais, há um aumento nas próximas fornadas”, conclui Bobeck.

Procon alerta para alta nos preços

Devido ao aumento significativo nos preços de materiais de construção durante a pandemia, como cimento, cabos elétricos e blocos cerâmicos, o Procon-PR, órgão vinculado à Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, comunicou a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para que providências sejam tomadas. “O consumidor ainda se encontra vulnerável devido à pandemia da Covid-19 e qualquer aumento de preços cria um impacto muito grande nas finanças. Nosso compromisso é garantir os direitos do consumidor paranaense e junto ao Procon agir para tentar conter os abusos”, ressaltou o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost. Em caso de dúvidas e reclamações o consumidor pode acessar os canais de atendimento online do Procon-PR através do site http://www.consumidor.gov.br ou do aplicativo.

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