Campos Gerais sedia três das maiores cooperativas do Brasil

Estão sediadas em municípios dos Campos Gerais três das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil. Capal, Castrolanda e Frísia se destacam em inúmeros rankings nacionais e regionais, em publicações que revelam as maiores empresas e maiores cooperativas. Somados os faturamentos, elas movimentaram mais de R$ 17 bilhões em negócios no decorrer de 2024. Com isso, elas estão entre as 25 maiores cooperativas em âmbito nacional e aparecem entre as 75 maiores empresas do Sul do Brasil, entre as 15 maiores cooperativas.

No ranking ‘Valor 1000’, por exemplo, que leva em conta as maiores empresas do Brasil, elas estão entre as 500 primeiras. A melhor colocada é a Frísia, sediada em Carambeí, considerada a 198ª maior empresa do Brasil, que registrou uma receita líquida de R$ 6,26 bilhões em 2023. Nesse mesmo ranking, ela é a 19ª maior empresa do Estado do Paraná e a 13ª maior cooperativa em âmbito nacional.

A Castrolanda, por sua vez, se destacou na 217ª colocação entre as maiores empresas do Brasil, com uma receita líquida de R$ 5,53 bilhões. Ela também se destacou como a 22ª maior empresa paranaense e a 15ª maior cooperativa do Brasil. Já a Capal, de Arapoti, aparece na posição 303 no Brasil, com R$ 3,92 bilhões em receita líquida. No ranking estadual, a Capal é a 33ª maior empresa e também aparece como a 22ª maior cooperativa agroindustrial do país.

Quando se fala em faturamento, a posição das cooperativas da região tem uma inversão. A Castrolanda, sediada em Castro, fechou o ano de 2023 com o maior faturamento bruto entre elas, na casa de R$ 6,7 bilhões, segundo informou a cooperativa aos seus associados, na Assembleia Geral Ordinária. Esse valor caiu em relação a 2022, quando alcançou R$ 7,2 bilhões. Essa baixa é explicada, em partes, pela venda da Unidade Industrial de Carnes, onde era produzida a marca Alegra, para a Cooperativa Aurora.

Outra justificativa, que impactou todas as cooperativas agroindustriais, foi a baixa nos preços das commodities e insumos agrícolas. “O mais importante é que a cooperativa se mantém financeiramente sólida frente às incertezas e inconstâncias do mercado. Mesmo diante das dificuldades, a Castrolanda seguiu agregando valor aos seus cooperados, reforçando sua segurança financeira para dar segurança e auxiliar no sucesso dos negócios dos produtores”, destacou o diretor-executivo da companhia, Seung Lee.

A Frísia, por sua vez, alcançou um resultado bruto de R$ 6,45 bilhões, valor que também caiu frente aos R$ 7,05 bilhões registrados em 2022. “O ano de 2023 foi bem desafiador no que se refere à captação de recursos e comercialização de safra. E, mesmo assim, chegamos ao fim do ano com números para nos orgulharmos. Apesar das dificuldades, a fidelidade dos cooperados e a estrutura do cooperativismo fez a gente chegar a bons resultados”, revelou o presidente da Frísia, Renato Greidanus. Já o faturamento bruto da Capal foi de R$ 3,93 bilhões, valor 8,5% inferior aos R$ 4,3 bilhões de 2022.

Industrialização gera faturamento de R$ 4,3 bilhões

Essas três cooperativas da região mantém uma intercooperação para a industrialização, simbolizada pela marca ‘Unium’. Nesse âmbito, elas têm investimentos tanto na produção de leite, em três Unidades de Beneficiamento de Leite (UBLs), quanto na produção de trigo, no moinho Herança Holandesa, em Ponta Grossa. Somente a industrialização de lácteos, que gera 1,2 mil vagas de emprego diretas, representou um faturamento de R$ 4,02 bilhões para as cooperativas. Já o moinho de trigo, que conta com 75 colaboradores diretos, fechou 2023 com um faturamento de R$ 309 milhões.