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Enfermeira de PG decide profissão após erro médico que deixou irmã cega

Experiência de vida de Taynara Sinhuri no cuidado com sua irmã gêmea influenciou em sua decisão ao optar trabalhar na área da saúde

Taynara Sinhuri, enfermeira em Ponta Grossa, compartilhou que escolha profissional reflete experiência de vida
Taynara Sinhuri, enfermeira em Ponta Grossa, compartilhou que escolha profissional reflete experiência de vida -

Publicado por Lilian Magalhães

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Taynara Sinhuri, enfermeira atuante em Ponta Grossa, compartilhou um vídeo no TikTok afirmando que a sua escolha de profissão partiu de uma experiência de vida, em que, ainda no primeiro mês de vida, sua irmã gêmea perdeu a visão por erro médico. Hoje, o vídeo conta com milhões de visualizações.

Segundo Taynara, a gravidez de sua mãe foi de risco por ser gemelar. O nascimento aconteceu no Hospital Evangélico de Ponta Grossa, que encerrou suas atividades anos depois. Ao nascerem prematuramente, com seis meses e meio, as irmãs gêmeas precisaram ficar na incubadora e, neste período, as bebês precisaram utilizar faixas nos olhos para fazer o exame de fototerapia que, sem o cuidado necessário, pode causar sequelas graves, como a cegueira.

Sua irmã gêmea, Tamiris, teve o diagnóstico de queima da retina, e perdeu a visão nos dois olhos. Crescendo em Carambeí, as irmãs tiveram as fases da infância e adolescência marcadas por aprendizados sobre as limitações e necessidades de adaptação de Tamiris, tornando o cuidado com a irmã em algo muito presente na vida de Taynara.

Optando por estudar Enfermagem, Taynara percebeu o quanto a sua escolha foi influenciada pela sua trajetória de vida junto a sua irmã e, atualmente, trabalha como chefe de equipe em um hospital. Em entrevista à Marie Claire, Taynara contou que o erro médico que tirou a visão de sua irmã influenciou no seu modo de trabalho, trazendo maior atenção para a prevenção de falhas, comunicação ativa e cuidado com os familiares.

Tamiris também segue sendo inspiração. Formada em Pedagogia e paratleta em atividade, sua rotina é dedicada aos treinos, que acontecem em Ponta Grossa e em outras cidades, como Curitiba e Londrina. Ela já conquistou títulos a nível regional e nacional. "A faculdade me impulsionou em direção à autonomia, e o esporte, hoje, me auxilia a conquistar essa independência e a buscar a minha autonomia", conta Tamiris. Além disso, ela é membro da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi), e se posicionou em entrevista à Redação do Grupo aRede ao afirmar que sua deficiência não a define. "Sou uma pessoa com deficiência, com minhas próprias experiências, ambições e projetos", diz.

Para ela, assim como Taynara, o apoio e conscientização de familiares e pessoas próximas é fundamental. "Acredito que o apoio e o preparo psicológico para os pais de crianças com deficiência são fundamentais. A escolha profissional da minha irmã e muitas das nossas conquistas foram influenciadas pelas experiências de toda a família. Por isso, considero essencial que os pais recebam suporte adequado", conta. Segundo Tamiris, atualmente, as irmãs não seguem rotinas tão "próximas", visto que cada uma tomou suas próprias decisões de carreira e ambições pessoais, mas o laço entre ambas é e sempre será muito forte.

Com informações de: Marie Claire.

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