UEPG promove oficina de transformação de óleo em sabão | aRede
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UEPG promove oficina de transformação de óleo em sabão

Projeto de extensão de Química aconteceu no dia 15 de agosto e contou com funcionários da empresa Palmeira Ambiental

Funcionário da empresa realizando teste
Funcionário da empresa realizando teste -

Publicado por João Victor Lourenço

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“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A famosa frase do químico Antoine Lavoisier reverbera nas ações da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde a química é aliada da sustentabilidade. A segunda edição do projeto de extensão Conscientização Ambiental – O lixo que vira sabão, do Departamento de Química (Dequim), promoveu oficina com funcionários da empresa Palmeira Ambiental, em 15 de agosto.

A atividade ocorreu em laboratório do Bloco L do Campus Uvaranas, e promoveu aos participantes conhecimentos sobre o processo de transformação de óleo vegetal, utilizado no preparo de alimentos, em sabão. A oficina foi conduzida pelas professoras Luciana de Boer, Jacqueline Aparecida Marques e Patrícia Los Weinert, além dos alunos de Química Tecnológica e Licenciatura em Química, que apresentaram as diferentes etapas do processo que dá nova utilidade ao óleo de soja e impede que o  seu descarte indevido provoque a contaminação ambiental. 

A parceria entre a UEPG e a Palmeira Ambiental partiu do contato entre a professora Luciana e a sua ex-aluna, Jaqueline Vaz e Souza, hoje analista ambiental da empresa, que coordenou a coleta de óleo para a atividade, durante a Semana do Meio Ambiente, em junho. O resultado: mais de 60 litros de óleo de soja foram entregues à Universidade para a produção de sabão, com a expertise das professoras e estudantes extensionistas, que compartilharam seus conhecimentos com os funcionários da Palmeira Ambiental.

Imagem ilustrativa da imagem UEPG promove oficina de transformação de óleo em sabão
  

Além de ensinar as etapas da produção de sabão, o projeto buscou conscientizar os participantes sobre o impacto das suas escolhas sobre a natureza. Cada litro de óleo produz cerca de 20 barras de sabão e poupa mais de 20 mil litros de água da poluição causada pelo descarte inadequado. “O óleo acumula nos esgotos e quando chega aos rios impede a passagem de oxigênio e luz, matando as formas de vida aquáticas”, explica a professora Luciana de Boer, coordenadora do projeto.

Luciana explica que a proposta é ensinar à comunidade a facilidade de produzir sabão em casa, com ingredientes à disposição em toda cozinha. “O processo, que chamamos de saponificação, basicamente, inclui o óleo, soda cáustica, água, álcool ou vinagre, e soluções com sal que auxiliam no endurecimento do produto”.  A coordenadora alerta para os cuidados no momento do preparo de sabão, que deve ser feito com luvas e máscara descartáveis em local adequado: “Durante o processo, ocorre a liberação de vapores que podem prejudicar a saúde, por isso, o ideal é que a produção ocorra num espaço aberto”.

A chefe do Dequim, professora  Patrícia Los Weinert, exalta que o projeto é resultado do esforço conjunto de ações de extensão, pesquisa e ensino. A partir do trabalho de pesquisa realizado pelos alunos de graduação e pós, onde são avaliadas a composição, as propriedades e a durabilidade de diferentes fórmulas desenvolvidas, é feita a fabricação, em um processo que une o conhecimento aprendido em sala de aula com a ação extensionista de conscientizar a população.

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A professora também celebra que a parceria entre Universidade e a empresa permite o maior contato dos estudantes de Química Tecnológica com a prática profissional, por meio das diferentes etapas do projeto. A acadêmica Mariana Grube, do terceiro ano, desenvolve, em seu projeto de iniciação científica, uma pesquisa sobre o controle de qualidade do sabão produzido. “Meu trabalho é testar a eficácia do sabão que produzimos aqui e comparar com outras receitas. Pelo que testei até agora, o nosso sabão, à base de vinagre, tem se mostrado o mais eficiente”, explica a pesquisadora.

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“Na minha percepção, a experiência tem se mostrado muito interessante, porque está nos apresentando uma ação simples, mas muito eficiente para a redução dos impactos ambientais”, exalta a analista ambiental Jaqueline Vaz e Souza. Em sua avaliação, a egressa da UEPG considera muito proveitosa a troca de conhecimentos entre estudantes, professores e funcionários da Palmeira Ambiental, e aponta que o projeto será continuado e ampliado no futuro, afim de promover a conscientização em novos públicos. 

Em outubro, o projeto de extensão promoverá campanha de educação ambiental no Lago de Olarias, onde serão distribuídas barras do sabão. A atividade será realizada em parceria com a Palmeira Ambiental e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. 

Com informações assessoria UEPG

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