Queijaria de R$ 500 mi recebe licença de operação do IAT

A Queijaria Unium, com unidade em Ponta Grossa, recebeu a licença para operação da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT). A unidade foi construída ao lado da Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) da Unium, localizada às margens da PR-151, pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, através da intercooperação. A licença tem validade até julho de 2029.

De acordo com os relatórios anuais das cooperativas envolvidas no projeto, a fábrica registrou um aporte total de R$ 546,49 milhões. Conforme o mesmo relatório, a unidade já está operando oficialmente desde o ano passado – embora a sua inauguração oficial não tenha acontecido. Desse investimento, R$ 123 milhões foram aplicados nesse último ano (2024).

Quando o projeto foi apresentado, as cooperativas anunciaram que a nova unidade iria gerar 66 empregos diretos e movimentar outros 1.570 indiretos. A queijaria, com alta tecnologia empregada, apresenta possibilidade de expansão da gama de produtos para as cooperativas, com capacidade de beneficiamento de 800 mil litros de leite ao dia, que resultam em uma produção de 96 toneladas de produtos e subprodutos por dia. A planta industrial tem capacidade para produzir queijo muçarela, prato, cheddar e cagliata, além de massa para queijo, manteiga com e sem sal, e o soro em pó.

O maquinário da nova indústria foi fornecido pela Tetra Pak. Isso inclui todas as etapas de processamento do leite para queijo, incluindo coagulação, drenagem e acidificação, filagem, formação de blocos, resfriamento e salmoura. A multinacional também fornece à Unium tecnologias complementares para o tratamento do soro gerado na queijaria, viabilizando a produção de WPC com 35%, 50% e 80% de concentração. O WPC é um concentrado proteico bastante utilizado na indústria de ingredientes para a formulação de bebidas com alto teor de proteína.

REFERÊNCIA - A região dos Campos Gerais tem uma das maiores bacias leiteiras do país. Castro e Carambeí são as maiores produtoras em âmbito nacional, responsáveis por quase 2% de toda a produção de leite brasileira. De acordo com o último levantamento do IBGE, Castro alcançou a marca de 454 milhões de litros de leite produzidos em 2023, enquanto que Carambeí registrou 269,8 milhões de litros produzidos. Outra cidade de destaque no ranking nacional é Arapoti: com 113,3 milhões de litros ordenhados em 2023, a cidade foi a oitava maior produtora do Brasil.