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Defesa de homem morto pela GCM nega confronto armado

Boletim registrado na Polícia Civil indica que uma arma foi encontrada no interior do veículo, mas não aponta que Daniel Silveira efetuado disparos

Daniel Silveira, de 36 anos, foi baleado e não resistiu aos ferimentos
Daniel Silveira, de 36 anos, foi baleado e não resistiu aos ferimentos -

Matheus Gaston

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A defesa da família de Daniel Silveira, homem baleado e morto após perseguição da Guarda Civil Municipal (GCM), nega que a vítima tenha se envolvido em um confronto armado. A situação aconteceu na noite da última terça-feira (14), no bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa.

Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Civil, um revólver foi encontrado dentro do carro em que Daniel estava. No entanto, o documento não menciona que ele tenha atirado contra os guardas civis municipais - a arma de fogo foi recolhida e passará por perícia

A advogada Sirlene Campos, que representa a família da vítima, confirmou que Daniel possuía um mandado de prisão por dívida de pensão alimentícia - o documento foi expedido em setembro de 2024 pela magistrada Denise Damo Comel. Porém, a defesa considera que isso não justifica a perseguição e vê com estranheza a ação adotada pela GCM.

Sirlene ainda destaca que a situação ocorreu enquanto Daniel retornava do trabalho para a casa e reforça que a vítima não possui passagens pela polícia. "Ele era um rapaz tranquilo, trabalhador, com bons antecedentes e pai de três filhas", disse. 

ENTENDA O CASO - Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, em data anterior, o subcomandante da GCM havia reportado que Daniel possuía um mandado de prisão e estava utilizando um veículo Peugeot. Na terça-feira (14), a guarnição constatou que o carro trafegava pelo bairro Nova Rússia e iniciou o patrulhamento na região.

Durante a tentativa de abordagem, Daniel chegou a parar o veículo, mas fugiu em seguida, de acordo com o boletim. Os guardas municipais iniciaram acompanhamento tático, emitiram sinais sonoros e luminosos ordenando a parada, além de solicitar apoio de outras equipes. 

Ao longo da perseguição, Daniel desrespeitou sinalizações de trânsito e chegou a dirigir na contramão. Ainda conforme o boletim, em diversas ocasiões, o condutor abriu os vidros do veículo e um agente teria identificado um objeto no banco do passageiro com características de arma de fogo

Já na Rua Visconde de Porto Alegre, em marcha ré, Daniel tentou atingir um veículo do Grupo Especial Tático com Motocicletas (GETAM). Diante da situação, na tentativa de parar o carro, um guarda municipal atirou no pneu do veículo, que continuou em fuga. 

Ainda durante o acompanhamento, Daniel atingiu propositalmente uma moto do GETAM e provocou a queda do agente - o homem teve ferimentos e foi encaminhado para o Hospital São Camilo. "Em legítima defesa e para repelir a agressão injusta, o agente efetuou dois disparos com sua arma institucional", descreve o boletim. Em seguida, o veículo de Daniel colidiu contra a estrutura da Escola Municipal São Jorge.

O homem foi retirado do veículo por uma equipe do Samu, submetido a manobras de ressuscitação cardiopulmonar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A Polícia Civil, Polícia Científica e Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para os procedimentos cabíveis. Durante as diligências, uma arma de fogo foi encontrada no interior do carro e encaminhada para perícia.

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