Projeto do HU-UEPG é aprovado para ciclo do Proadi-SUS
O principal objetivo do novo ciclo do Proadi-SUS é reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde
Publicado: 09/09/2024, 10:41
Os Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) foram contemplados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), no triênio 2024-2026, para a execução do projeto Saúde em Nossas Mãos. Na última semana, uma reunião online entre os 300 hospitais participantes foi realizada para apresentar as fases do projeto, seus objetivos e as metodologias a serem utilizadas.
A diretora-geral dos HU-UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani, participou dessa reunião. Segundo ela, o principal objetivo do novo ciclo do Proadi-SUS é reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde. “A importância da participação dos HU neste programa é para a implantação de metodologias de trabalho, utilizadas em grandes hospitais de referência no Brasil, que possam auxiliar na redução das infecções. Com a implantação deste perfil trabalho certamente teremos um plus na qualidade da assistência, e também atingiremos uma redução de custo para os HU”, destaca.
Fabiana ressalta também a importância do trabalho em equipe multiprofissional, principalmente tendo como foco a melhoria da segurança do paciente. “Foi esse esforço coletivo que oportunizou sermos selecionados para participar desta capacitação oferecida pelo SUS através do Proadi”, finaliza.
O projeto aprovado do HU, Saúde em Nossas Mãos, será coordenado por Joseane Quirrembach, da Seção de Serviços de Enfermagem. Ela conta que o projeto será ministrado pela instituição de excelência HCor – Associação Beneficente Síria – e que objetiva reduzir, em médio prazo 50% da incidência das principais infecções hospitalares dentro da UTI.
“Esse projeto tem enfoque total dentro das UTIs, com objetivo de reduzir o número de IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde) em um número esperado de no mínimo 50%. As UTIs são ambientes de risco, onde processos e dispositivos invasivos que são necessários para manutenção da vida podem causar infecções e aumentar o tempo e o custo da internação. Mesmo que as falhas na assistência, na maioria das vezes, não sejam intencionais, essas podem acarretar em dano, com prejuízos físicos, emocionais, sociais e até fatais aos pacientes”, afirma Joseane.
Neste primeiro encontro, participaram a equipe assistencial das UTIs (enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, cirurgiões dentistas) e a equipe administrativa responsável pelo direcionamento do projeto (Direção Geral, Direção Administrativa, Direção de Enfermagem, Núcleo de Controle de Infecções Hospitalares, Núcleo de Segurança do Paciente, Qualidade, Núcleo de Educação Permanente).
Os HU-UEPG já realizam este projeto no triênio 2017-2019 com resultados muito satisfatórios. Após a implantação das ações, o HU ficou todo o ano de 2019 sem registrar nenhuma Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial (IPCSL) e reduziu drasticamente a densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e de infecção do trato urinário (ITU-AC).
Das assessorias