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UEPG lamenta morte de professor de Física da instituição

Conhecido por ser um professor exigente e um colega brilhante, Fábio era natural de São Paulo, e veio para a UEPG exercer a profissão no magistério

Fábio Augusto Meira Cássaro entrou na UEPG em 1995
Fábio Augusto Meira Cássaro entrou na UEPG em 1995 -

Publicado por Matheus Gastaldon

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa lamenta o falecimento do professor Fábio Augusto Meira Cássaro, do Departamento de Física, ocorrido neste sábado (03). Foram quase 30 anos de intensa contribuição na pesquisa e na formação de novos pesquisadores. Conhecido por ser um professor exigente e um colega brilhante, Fábio era natural de São Paulo, e veio para a UEPG exercer a profissão no magistério. O corpo foi cremado neste domingo (04).

Fábio ingressou na UEPG em 1995. De lá para cá, participou ativamente dos Programas de Pós-Graduação em Ciências-Física e em Ensino de Física, onde foi orientador de seis alunos de mestrado e co-orientador de um aluno de doutorado. Na Pós em Ciências-Física, foi coordenador entre 2004 e 2006, época em que o Programa havia iniciado as atividades – ali, o docente orientou a primeira defesa de mestrado, em março de 2005. Durante sua carreira, foram publicados 49 artigos científicos em periódicos internacionais e nacionais e teve 924 citações registradas na plataforma Web of Science.

O colega, professor José Danilo Szezech Junior, destaca que Fábio teve participação fundamental na área de pesquisa do Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (Fasca). “Ele foi tão bom profissional quanto pessoa, um colega sempre muito agradável e simpático, que deixa ótimas recordações. Ficam as boas lembranças das conversas no café, dos encontros nos corredores da Universidade e do convívio em geral. Já está fazendo muita falta”, lamenta.

PROFESSOR INESQUECÍVEL - Um professor tão brilhante como Fábio fazia parecer que o complexo era fácil. Deize Aguiar, acadêmica egressa do curso de Bacharelado em Química, recorda com carinho das aulas experimentais de física, que teve 2015. “Sua postura séria era temida por muitos, mas era cordial e solícito. No nosso último encontro, por acaso, na quinta-feira, em um restaurante onde nós estávamos com nossas filhas, relembramos alguns momentos, mal sabia que seria a última vez. Que Deus conforte sua filha e familiares”.

“Em minha jornada acadêmica, encontrei muitos que ensinavam, mas nenhum como ele”, destaca Fabiano Meira de Moura Luz. O egresso da Licenciatura em Física e do Mestrado em Física faz questão de enfatizar o quão justo, bem-humorado e rigoroso era Fábio. A taxa de reprovação nas suas disciplinas transformava a aprovação em uma conquista, segundo Fabiano. “O maior legado do professor Fábio era sua capacidade de fazer as perguntas certas. Suas avaliações eram precisas, cada questão um desafio que não se encontrava nos livros, mas que guiava nossos estudos de forma única. Saber o que perguntar era um dom que poucos possuíam, e ele o dominava com maestria”.

Nada de espaço para cola nas aulas de Fábio. “Ele gostava de nós, e nós gostávamos dele. Era uma relação construída em respeito mútuo e um objetivo comum: o aprendizado. Ele era um grande homem. É triste pensar que suas aulas não foram gravadas, que sua metodologia não está registrada em um livro. Seu legado, temo, viverá apenas nas memórias daqueles que tiveram o privilégio de ser seus alunos, e morrerá conosco”, finaliza Fabiano.

GRANDE COLEGA - O primeiro contato de Luiz Fernando Pires com Fábio foi em 1995. “Lembro que sempre foi bastante exigente e dedicado, procurando extrair o melhor de seus alunos. Depois fiz iniciação científica no grupo de pesquisa que o Fábio trabalhava. Não fui seu orientado, mas trabalhamos muito próximos”. Difícil esquecer de uma carona que o professor Luiz recebeu de Fábio em 1999, quando já estava quase formado, para Piracicaba. “Fui para lá conhecer a estrutura do laboratório onde o Fábio fazia o Doutorado e foi onde decidi fazer o Mestrado. Aquela carona definiu passos importantes da minha vida”.

Quando entrou para ser docente na UEPG, lá estava Fábio, como colega de trabalho. “Ele era um dos grandes especialistas na área de tomografia e solos no país e a nível mundial. Desenvolvemos e orientamos muito alunos juntos desde então”. O que sempre impressionou o professor Pires era o fato de Fábio estar sempre disponível para o que fosse. “Sempre que eu comentava sobre algum trabalho, ele pedia para encaminhar para ele dar uma olhada. E assim nos aventuramos em vários estudos”. Honesto, bom, idealizador. Características inesquecíveis sobre o colega, que ficarão para sempre na memória. “Ele sonhava com um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, e isto repercutia em suas ações. Era uma pessoa reservada, mas sempre estava disposto a ajudar quem fosse preciso. Para mim, foi uma pessoa que marcou profundamente a minha vida, um grande amigo. Fará muito falta! Para o Departamento de Física e para a Universidade será uma grande perda, mas seus ensinamentos e sua bondade estarão sempre vivos em nossos corações e daqueles que tiveram o grande privilégio de conviver com ele”.

Em nota, o Sindicato dos Técnicos e Professores da UEPG lamentou o falecimento de Fábio. “Sempre demonstrou grande compromisso e sua paixão pelo ensino inspirou muitos colegas e estudantes ao longo de sua carreira. A perda de Fábio deixa uma lacuna irreparável em nossa comunidade acadêmica”. A UEPG presta solidariedade aos familiares, amigos e colegas pela partida precoce do professor Fábio.

Com informações da Assessoria de imprensa.

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