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Aprovação da minirreforma eleitoral pode beneficiar Jocelito

No entendimento do ex-prefeito, mudança na lei - que está em tramitação no Congresso - o recolocaria na disputa eleitoral no ano que vem

Jocelito (foto) foi até Brasília nesta terça para tratar do tema
Jocelito (foto) foi até Brasília nesta terça para tratar do tema -

Sebastião Neto

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Uma importante mudança na chamada ‘Lei da Ficha Limpa’, contemplada na minirreforma eleitoral aprovada na Câmara dos Deputados na última semana, pode ter como um dos principais beneficiados o ex-prefeito Jocelito Canto - candidato a deputado federal mais votado em Ponta Grossa nas últimas eleições. Se aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula, a reforma o tornaria, no entendimento do ex-deputado estadual, novamente elegível para cargos públicos.

“No entendimento dos meus advogados, segundo eu recebi a informação, essa mudança na lei faz com que o prazo [de suspensão dos direitos políticos] passe a contar a partir da condenação, então isso me deixaria elegível. Se aprovado no Senado, nos mesmos moldes da Câmara, e sancionado pelo presidente, eu serei beneficiado e não estaria inelegível para as eleições do ano que vem”, disse Jocelito em conversa com o Portal aRede e o Jornal da Manhã.

O grande entrave está em relação a alguns pontos da lei, que ainda serão debatidos por deputados e senadores, e no tempo para a tramitação da proposta: para valer já nas eleições municipais de 2024, a minirreforma precisa ser sancionada e publicada no Diário Oficial da União até o dia 6 de outubro – daqui a menos de duas semanas. “Estivemos em Brasília e conversamos com o relator da proposta, senador Marcelo Castro, e ele nos relatou que está com dificuldade em alguns entendimentos sobre a lei, mas está trabalhando na aprovação dentro do prazo”, contou o ex-prefeito, que foi até a capital federal ao lado das filhas Mabel (deputada estadual) e Joce (vereadora).

PROCESSO

O processo que tornou Jocelito inelegível e impossibilitou que o deputado federal eleito pelo PSDB assumisse o mandato foi movido pelo atual secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, que contestou o prazo de cumprimento de uma condenação de Canto em 2013: ele foi punido por ter utilizado um policial militar em sua segurança particular no período em que esteve à frente da Prefeitura Municipal, entre os anos de 1997 e 2000.

No entendimento do MP Eleitoral, que foi seguido pelos Tribunais Regional (TRE) e Superior (TSE) Eleitoral, o prazo de inelegibilidade de Jocelito passou a contar somente a partir do ano passado, pois Jocelito pagou a multa da condenação apenas em agosto de 2022. Dessa forma, o ex-prefeito ficaria inelegível até 2030 para cumprir o prazo de oito anos de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa.

“No meu caso, o entendimento que temos é que houve um erro de interpretação, aliás que o juiz de primeira instância fez corretamente, não me condenou e apenas deu uma multa. A questão é que depois houve um erro jurídico de interpretação da lei do Ficha Limpa lá em Curitiba e acabou ocasionando tudo isso”, avaliou Jocelito.

STF

Novo ministro julgará recurso

Apesar das decisões desfavoráveis, o processo envolvendo a condenação de Jocelito referente a última eleição ainda não está no que é chamado de “trânsito em julgado” no direito. O ex-prefeito recorreu no Superior Tribunal Federal (STF) e, nesta terça-feira (26), o ministro sorteado para relatar a pauta – Dias Tóffoli – se declarou suspeito para julgar o caso. “Será sorteado um novo ministro para atuar no caso, o que me pareceu muito positivo”, disse Jocelito pelas redes sociais. “Vamos até o fim para recuperar o mandato de deputado eleito de Ponta Grossa e dos Campos Gerais”, completou.

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