Motociclista vítima de acidente aguarda por cirurgia no HU de PG

"Ele está sofrendo demais. Muita dor. Ele pede para morrer, porque não aguenta". Esse é o relato de Juliane Rodrigues Ribeiro, mãe do motociclista Wagner Murillo da Silva que se acidentou na última sexta-feira (9), na região central de Ponta Grossa - reveja a situação clicando aqui. Wagner está internado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) a espera de uma cirurgia, já que seu fêmur saiu do lugar após o acidente. A última atualização, é que o procedimento médico só deve acontecer a daqui quase duas semanas.

Em conversa com o Portal aRede, Juliane explicou o atual estado de saúde do seu filho. "Ele já fez uma cirurgia no sábado para colocar um pino no joelho, que segura um peso (veja as fotos na sequência), para que a perna volte ao local. O médico disse que a cirurgia seria agendada para esta quinta ou sexta-feira, porém, agora nos informaram que a agenda está lotada e o procedimento médico só deve acontecer na terça-feira, 27 de junho", relata Ribeiro.

Num segundo momento, conforme Juliane, também foi cogitada que a cirurgia poderia acontecer na próxima semana, entre 18 e 24 de junho. Em razão dessas mudanças, o Portal aRede questionou a assessoria de imprensa do HU-UEPG sobre a alteração das datas. "O agendamento para a semana que vem não envolve falta de médicos, mas está adequada à técnica cirúrgica prevista", argumenta o hospital. Entretanto, com o novo boletim médico, a cirurgia foi mais uma vez adiada, agora, entre 25 e 30 de junho.

Diante do novo agendamento, Juliane diz o que motivou a mudança. "Médico passou agora e disse que a urgência já foi feita. Tem uma fila de cirurgia e precisa seguir (ela). De acordo com ele (médico), os outros casos são tão importantes quanto do meu filho. Por fim, comentou que não há como transferir o paciente de hospital, já que os médicos do quadril atendem no Hospital Regional", falou na manhã desta quinta-feira (15).

Paciente tem 'tomado' morfina

Desde o último sábado (10), Wagner tem sentido fortes dores no corpo, já que está com um peso em sua perna. Segundo Juliane, mãe do rapaz, "ele tem tomado morfina a cada 6 horas e, algumas vezes, precisa adiantar. Em torno de 3 horas passa o efeito", comenta ao Portal aRede. Além disso, Juliane lamenta que o filho "geme o dia todo. As enfermeiras são muito queridas, mas precisamos da cirurgia. Mesmo com a morfina, a dor não passa. É muito sofrimento".

O Portal aRede também questionou o HU-UEPG sobre o estado de saúde do paciente, já que ele estaria relatando fortes dores pelo corpo. Em resposta, o hospital disse que não fornece "informações sobre paciente, por conta da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Mas a família tem acesso às informações, por meio de um familiar de referência".

Por fim, enquanto aguardam a cirurgia, Juliane afirma que o motorista que causou o acidente em seu filho está fornecendo todo o auxílio necessário. "Nos ajudou no momento da colisão e também está em contato conosco", finaliza a mãe de Wagner, que espera ansiosamente sair, o quanto antes, do Hospital Regional de Ponta Grossa.