Pauliki defende isolamento e pede ações do governo
Além de reafirmar a necessidade de permanecer em casa, empresário disse que cabe ao governo gerir ações que reduzam o impacto da crise na economia
Publicado: 25/03/2020, 11:40
Além de reafirmar a necessidade de permanecer em casa, empresário disse que cabe ao governo gerir ações que reduzam o impacto da crise na economia
Pouco depois do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional, onde ele defendeu a reabertura das escolas e do comércio, atacou governadores e a imprensa e minimizou os riscos do novo coronavírus, o empresário Márcio Pauliki divulgou um vídeo no Instagram rebatendo o posicionamento do chefe do Executivo e também de muitos empresários brasileiros. O ex-deputado estadual ainda cobrou ações do governo federal para garantir que a economia não seja tão afetada e pediu apoio às micro e pequenas empresas.
“As grandes redes têm alternativas de ao menos manter receita mínima com delivery, televendas, vendas online, a maioria tem capital para suportar esse período”, avalia o empresário. Ele sugere que os pequenos comércios sejam procurados em caso de necessidade porque “são responsáveis por 70% dos empregos, esses trabalhadores, depois que passar a pandemia, são os primeiros a consumir nas empresas que estão fechadas”, argumenta.
A expectativa de Pauliki é que as portas fiquem fechadas por pelo menos dez dias, mas ele alerta: se o período de isolamento for prorrogado, o governo federal precisará adotar medidas para evitar impactos ainda mais duros na economia. “Liberar o seguro-desemprego, não só 25%, mas 100% para os trabalhadores registrados em carteira que que continuam registrados, mas afastados por um tempo. Para os autônomos que recolhem o MEI, liberar ajuda de custo de um salário mínimo (…) Lei pra postergar vencimento de boletos, tem que ser algo que venha do governo”, cita Pauliki, entre outras medidas (confira no vídeo acima).
Além desse alerta, o ex-deputado estadual chama a atenção para as ações do governo do Paraná e diz que ele tem que assumir as rédeas também das cidades. “Nosso sul do Brasil, o Paraná em especial, pode se destacar e ser um dos primeiros estados a recuperar seu movimento, sua economia”, pondera.
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