Vigilante acusado de homicídio espera absolvição | aRede
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Vigilante acusado de homicídio espera absolvição

Ex-vigilante acusado de fazer justiça com as próprias mãos conta como tudo aconteceu e diz que espera ser absolvido para recomeçar a vida.

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| Autor: Imagens: aRede

Da Redação

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Acusado de participar de um homicídio e uma tentativa de execução no dia 7 de maio de 2016, na estrada do Alagados, o ex-vigilante Jessé Carlos de Almeida será julgado pelo Tribunal do Júri de Ponta Grossa no dia 8 de maio. Na época do crime, Jessé e o colega Ivan Carlos Rodrigues foram apontados como membros de uma milícia e teriam sido responsáveis pela morte de Jean Ricardo Kriezewski, 20 anos, e pelo homicídio tentado contra um adolescente. As vítimas teriam arrombado um carro na região do Sabará.

Em entrevista exclusiva enviada ao Portal aRede, o acusado confessou ter atirado no adolescente, mas disse que agiu para defender o amigo das agressões e ameaças de morte que ele vinha sofrendo. Foragido da Justiça há mais de um ano, Jessé afirmou ter mudado de cidade devido a ameaças e contou que não se entrega porque não sobreviveria na Cadeia Hildebrando de Souza.

Em setembro de 2016, quase dois meses depois do caso, a Polícia Civil prendeu o colega de Jessé e outro funcionário de uma empresa de segurança privada. As prisões aconteceram após a investigação sobre o achado do corpo de Jean na estrada do Alagados. O cadáver havia sido achado pelo dono de uma chácara. Os policiais foram até o local e, próximo da estrada, encontraram o corpo do adolescente, ainda com vida.

Um dos vigilantes presos foi solto depois que Jessé se apresentou e confessou ter acompanhado Ivan até o San Martin, na madrugada do dia 7 de maio de 216. Jessé foi ouvido pelos investigadores e liberado na sequência. Dias depois, um mandado de prisão foi expedido contra ele e o então vigilante fugiu.

Ao Portal aRede, o acusado contou detalhes de como tudo aconteceu e disse não ter conhecimento de Ivan carregava uma arma naquela madrugada. Segundo ele, a intenção da dupla era apenas ‘dar um susto’ nas vítimas, que teriam assaltado e agredido Ivan. A inquérito policial e o Ministério Público confirmaram que Jessé atirou na orelha do adolescente, enquanto Ivan executou Jean com um tiro na cabeça.

A Justiça descartou a formação de grupo de extermínio, já que apenas duas pessoas participaram da ação. Os crimes de sequestro e tortura também foram excluídos da acusação. O ex-vigilante será julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio.

Absolvição

Em relação ao júri, Jessé espera ter o mesmo destino que o seu colega. Em agosto do ano passado, Ivan foi absolvido de todos os crime pelo júri. Por quatro a três votos, os jurados entenderam que o vigilante possuía motivos para suficientes para matar Jean. Isso porque, além de ser assaltado, agredido e ameaçado, as vítimas teriam invadido a sua casa. A inexistência de antecedentes criminais também contribuíram para a absolvição. 

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