Tarifa será mais cara para quem pagar em dinheiro

Começa a valer à meia-noite deste domingo a nova tarifa de R$ 3,80 para o transporte coletivo de Ponta Grossa. No entanto, dentro de 40 dias, a tarifa deverá ser revista novamente e um preço mais alto será definido para quem pagar em dinheiro. 

Embora não esteja prevista no decreto publicado em Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (9), a cobrança diferenciada já foi anunciada pela Prefeitura e confirmada ao Jornal da Manhã pelo Conselho Municipal de Transporte (CMT). 

Na prática, a partir de abril, o valor de R$ 3,80 deve ser cobrado apenas de quem fizer o pagamento no cartão transporte. Dos usuários que pagarem em dinheiro, será cobrado um valor maior, que pode passar de R$ 4,00 caso os cálculos da tarifa técnica da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) sejam levados em consideração pelo CMT. 

Em outras cidades, assim como já foi em Ponta Grossa, a tarifa diferenciada já é regra. Em Maringá, por exemplo, o reajuste deste ano elevou a cobrança no bilhete para R$ 3,60. Já o pagamento em dinheiro ficou em R$ 4,20. 

“A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa recomenda que em no máximo 40 dias todos os usuários do transporte coletivo façam uso do cartão de bilhetagem eletrônico, pois poderá ser cobrado valor diferenciado para o pagamento em dinheiro”, informou o Governo Municipal, logo após confirmar o decreto de R$ 3,80. 

Segundo o presidente do CMT, Elmiro Bobek, ficou definido que entre 40 e 60 dias, no máximo, haverá uma nova reunião para dar continuidade ao processo de revisão da tarifa. “Este é um prazo para uma nova reunião do CMT para definir um valor diferenciado. Pode ser na próxima reunião ordinária, em abril, ou em uma convocação extraordinária antes”, disse ao JM. 

Conforme discutido em reunião, na última quarta-feira (7), para alertar os usuários sobre a mudança, a AMTT deverá inciar uma campanha após o Carnaval, além de estudar medidas para enxugar os custos do transporte coletivo.  

CMT sugere redução de cobradores

Para garantir a cobrança diferenciada no dinheiro, o Conselho Municipal de Transporte (CMT) recomendou que a Autarquia Municipal de Transporte (CMT) faça ajustes para enxugar os custos do transporte coletivo. Entre eles, está a redução do número de cobradores, que deve ser feita paralelamente à campanha de adesão dos usuários ao bilhete eletrônico. “O CMT sugeriu que o prefeito tome as medidas necessárias para incrementar o Índice de Passageiros por Quilômetro Rodado (IPK). Uma das formas de incrementar seria diminuir o número de cobradores e, em um local com bastante utilização do cartão eletrônico, isso é possível”, afirmou.