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Delegado ouviu socorrista que atendeu jogador morto e vai pedir prisão de PM

PM é suspeito de morte em Campina Grande do Sul
PM é suspeito de morte em Campina Grande do Sul -

Delegado Messias da Rocha afirmou que vai pedir a prisão preventiva do soldado da PM suspeito de assassinar Gilson Camargo, de 28 anos, em Campina Grande do Sul.

A Polícia Civil afirmou que vai pedir a prisão preventiva do soldado lotado na Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), do 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), suspeito de assassinar Gilson Camargo, 28 anos, no último domingo. O delegado de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, Messias da Rosa, que comanda as investigações, disse na manhã desta quarta-feira (20) que as provas apresentadas revelam que houve crime de homicídio. “Até agora, tudo aponta que houve uma precipitação por parte do policial militar. Infelizmente, ele usou uma arma da corporação para praticar um crime e, pelas provas materiais e testemunhas, houve um homicídio”

Além de imagens sem cortes apresentadas ao delegado, testemunhas de ambos os times foram ouvidas, assim como o bombeiro civil que prestou os primeiros atendimentos à vítima, com ferimentos nas costas. “Não somente as palavras deles, como levamos em conta as imagens colhidas praticando o ato do socorro. Esse bombeiro civil já foi ouvido e afirmou, com toda a certeza, que somente tinha uma garrafa pet de 500 ml de água junto ao corpo da vítima”, destacou.

As novas imagens apresentadas na delegacia mostram o momento do crime, sem cortes, e a vítima sendo baleada pelas costas, sem esboçar reação. “O policial militar agiu com precipitação e o crime é de homicídio”, disse.

Segundo o delegado Messias, o pedido de prisão preventiva será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário da Comarca. “Há uma grande possibilidade de ser decretada a prisão preventiva desse soldado nos próximos dias. Caso isso ocorra, ele será recolhido à sede da Companhia da PM ou no Quartel da PM, em Curitiba”.

No entanto, a finalização do inquérito precisa ainda de um fator determinante – a origem da arma apresentada pelo soldado acusado de homicídio. “Estamos nos aprofundando para descobrir se houve o crime de fraude processual, tendo em vista, que segundo levantamento de testemunhas ouvidas por essa autoridade policial, nenhum momento foi provado que a vítima portava arma de fogo. É muito importante sabermos a quem pertencia essa arma de fogo apresentada na delegacia”, descreveu.

O delegado afirmou que já solicitou apoio da Polícia Federal, responsável pelo cadastramento de armas, e também encaminhou ofício à fábrica de origem da arma. “Vai ser fácil identificá-la, não está com a numeração suprimida e resta a conclusão dos relatórios sobre a origem dela para que tudo seja finalizado”, concluiu.

O caso

O crime aconteceu em uma cancha na Rua Júlio Guidolin, no Jardim Santa Rosa, na tarde de domingo (17). O time do policial disputava uma partida contra a equipe de Gilson. Em momentos diferentes, o representante foi expulso e o policial substituído no jogo. Os dois terminaram de assistir a partida pela arquibancada. A versão do policial é que ele perseguiu o representante, em direção ao estacionamento, por imaginar que ele estivesse armado, já que andava com as mãos na cintura.

O PM atirou três vezes contra Gilson. Imagens que circulam por meio das redes sociais nesta segunda-feira mostram uma garrafa de água sendo retirada da cintura do jovem, o que negaria a versão dada pelo policial. O PM, lotado na Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) do 22º, foi levado por uma viatura até a Delegacia de Campina Grande do Sul. De lá, após depoimentos, o policial militar foi para a casa e retornou à corporação para dar seguimento ao processo, mas segue em liberdade.

Polícia Militar

A Polícia Militar (PM) se manifestou por meio de nota à imprensa um dia após o envolvimento do soldado no crime. Como de praxe, a corporação afirmou que o policial militar, que tem cinco anos de corporação, ficaria afastado das funções operacionais até o término do procedimento administrativo.

As informações são da Banda B.

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