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Robô da NASA encontra compostos orgânicos em Marte e reforça chance de vida fora da terra

Moléculas encontradas são semelhantes às presentes em organismos vivos da Terra e reacendem debates sobre vida extraterrestre

Desde sua chegada ao planeta vermelho, em 2012, o Curiosity já percorreu mais de 30 km na cratera Gale
Desde sua chegada ao planeta vermelho, em 2012, o Curiosity já percorreu mais de 30 km na cratera Gale -

Da Redação

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O robô Curiosity, da NASA, encontrou os maiores compostos orgânicos já detectados em Marte, reacendendo as discussões sobre a possibilidade de o planeta ter abrigado alguma forma de vida há bilhões de anos. A descoberta foi feita em amostras de rochas com cerca de 3,7 bilhões de anos, coletadas na Baía de Yellowknife — um antigo leito de lago que, segundo cientistas, possuía os elementos necessários para o surgimento da vida.

Os testes realizados pelo próprio rover revelaram longas cadeias de alcanos — moléculas orgânicas associadas aos ácidos graxos. Embora esses compostos possam ser formados por processos químicos não biológicos, eles também são elementos essenciais das membranas celulares de todos os organismos vivos na Terra.

Apesar da empolgação com a descoberta, os cientistas ainda não confirmaram se esses compostos representam uma “assinatura biológica”, ou seja, uma evidência definitiva de vida. No entanto, especialistas consideram este o achado mais promissor até agora para identificar vestígios de vida passada em Marte.

“Essas moléculas podem ter origem química ou biológica”, explicou Caroline Freissinet, química responsável pelo estudo, realizado no Laboratório de Observações da Atmosfera e Espaço, na França. “Se estamos encontrando longas cadeias de ácidos graxos em Marte, é possível — ainda que seja apenas uma hipótese — que sejam restos de membranas celulares de bilhões de anos atrás.”

Desde sua chegada ao planeta vermelho, em 2012, o Curiosity já percorreu mais de 30 km na cratera Gale. Em 2018, o robô havia encontrado compostos orgânicos em barro petrificado, mas, na época, tratavam-se de cadeias moleculares mais curtas.

Para este novo estudo, a equipe de Freissinet desenvolveu uma técnica mais sensível para analisar as amostras, o que permitiu a identificação de cadeias orgânicas mais longas.

“Embora processos não biológicos possam gerar esses compostos, os ácidos graxos são considerados produtos universais da bioquímica terrestre — e, talvez, também da marciana”, concluíram os cientistas em artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Com informações do GMCOnline

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