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Realidade contemporânea e futuras direções

Coluna Estilo e Moda por Silvana Hass desta semana (23/10)

Realidade contemporânea e futuras direções.
Realidade contemporânea e futuras direções. -

Coluna Estilo e Moda por Silvana Hass desta semana (23/10)

O corpo feminino foi, ao longo do tempo, sendo construído socialmente. No entanto, sua representação mais do que as identidades sociais, se veiculou na mídia de diversas formas que por sua vez ressaltaram os ideais de beleza perfeita, que caracterizam uma sociedade alinhada ao consumo. Na contemporaneidade vivemos uma época em que a magreza se tornou o ideal do corpo feminino, e passou a ser representado como um sinal externo de sucesso levando muitas mulheres a uma obsessão por uma imagem corporal extremamente magra.

Na contramão deste processo de padronização corporal, movimentos feministas desafiam a mídia a usar corpos esculpidos como produto para vender, além de um produto e sim uma regra a ser seguida. O segmento da moda compreende os ideais dos movimentos e se dá o início de forma lenta porém estilistas e criadores de moda enfatizam a necessidade de aceitação corporal e promover o bem-estar em novas modelagens.

As movimentações feita por mulheres a um movimento inverso a ditadura da valorização do corpo magro, essa representatividade, é a união de forças focada em mudar esses paradigmas foram se intensificando cada vez mais hoje é impossível uma marca trabalhar sem antes não está atento a estas mudanças significativas.

A importância desta visibilidade na moda, nos dias atuais constrói coleções inteiras e elevam ou acabam com uma criação inteira. Um movimento de tamanha extensão que entende-se que o corpo carrega informações em si para se tornar significativo na sociedade, expressa muito mais que formas físicas diferentes possuem informações e gostos individuais. É preciso respeito às diferenças de silhuetas e escolhas que uma pessoa faz ou seja o corpo não pode mais ser entendido como um produto padronizado e sim de representar suas mais variadas identidades.

Com esse modo de pensar da sociedade atual o corpo é identificação pessoal e é nesse cenário que a moda se insere, considerando que, a moda sempre desenvolve o seu papel fundamental que está norteada em bases das questões sociais, tecnológicas e culturais, além de levar a diversos questionamentos que identificam as expectativas e só assim as tendências podem ser incorporadas às roupas.

O verão 2022 traz esta tendência chamada de naked dress ou nude dress, que na tradução da língua portuguesa significa “vestido nu” tendência para os vestidos de festa. O modelo é confeccionado em tule nude com elastano totalmente ajustado ao corpo, deixando a mostra com muita transparência e com bordados com muito brilho em pontos estratégicos.

O termo naked dress não foi lançado agora é uma releitura onde nos anos de 1970 onde a cantora e atriz norte-americana Cher usou um modelo com muito brilho porém deixava sua silhueta à mostra outras famosas como Beyoncé, Jennifer Lopez e Rihanna. Esta última causou polêmica em 2015, com seu modelo extremamente transparente todo bordado como se ele vestisse usando apenas estrelas que se agruparam em sua silhueta esbelta e brilhavam em uma noite especial.

Bom para finalizar posso dizer que o ano de 2022 chega para valorizar todas as silhuetas. Esta é a proposta da estação, que não se limita apenas a qualidade estética, perfeita ou seja, não segue padrões que valorizam apenas o sentido de um corpo perfeito como uma estátua. Esta tendência chega de forma totalmente repaginada dos anos atrás, onde a transparência mostrava as perfeitas curvas ao contrário, não atende apenas ao exterior com sua forma natural, também atende ao interior, o psicológico, pois ambos precisam ser incorporadas e estar além das roupas. Acredito que inaugurou uma nova era, a do conforto emocional.

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