Polícia diz que advogado preso em Curitiba utilizava casa para reuniões

A Polícia Civil deu mais detalhes sobre a prisão de um advogado, na última segunda-feira (12), no bairro Ahú, em Curitiba. O detido é suspeito de abandonar e tentar armar uma bomba no Terminal do Boqueirão, no fim de março.

De acordo com o delegado Adriano Chofi, da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM), o suspeito adotou algumas medidas no dia do crime para não ser identificado.

“Fomos colhendo provas porque o autor era desconhecido. O suspeito utilizou máscara, capuz, blusa em um dia muito quente, luvas e não utilizou o veículo próprio. Ele usou um coletivo e não era usuário deste sistema de transporte. Nós temos inúmeras imagens desde o dia da prática, antes e posterior também”, destaca o delegado, que revela a participação de mais duas ou três pessoas que também estariam envolvidas no crime.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. A bomba foi descoberta por uma vigilante do terminal, que notou uma sacola liberando fumaça e acionou a polícia.

“Foram apreendidos dois revólveres, munição e outros elementos característicos do dia do crime, como uma peruca, luva e máscara. Alguns materiais serão encaminhados para a perícia”, frisa o delegado.

O suspeito preso não possuía antecedentes criminais e participava de reuniões de grupos ativistas. “Nós apreendemos bandeiras, livros que ele estuda. Eles utilizavam uma casa no bairro Ganchinho para reuniões destes grupos. Tudo indica que ele não fez isso sozinho”, garante o delegado.

No dia do crime, junto com o explosivo foram encontrados papéis com mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas”, “viva o maoísmo” e “viva a guerra popular”. O maoísmo é corrente ideológica inspirada nos princípios revolucionários do líder chinês Mao Tsé-Tung, que defendem a luta armada como meio para alcançar a transformação social.

Com informações da Banda B, parceira do Portal aRede.