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Frentista negro é agredido com cabeçada em Curitiba; veja vídeo

O homem possui nacionalidade haitiana; a agressão aconteceu em um posto de combustíveis, na madrugada dessa segunda-feira (25)

Frentista negro, de 40 anos, é agredido com cabeçada em Curitiba
Frentista negro, de 40 anos, é agredido com cabeçada em Curitiba -

Publicado Por Milena Batista

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Um frentista negro de nacionalidade haitiana foi agredido com uma cabeçada enquanto trabalhava em um posto de combustíveis no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (25). Imagens obtidas pela Banda B mostram o momento em que dois homens brancos se aproximam e um deles acaba acertando o trabalhador.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências em Postos de Curitiba (Sinpospetro), Lairson Sena, falou em nome da vítima à Banda B. Ele foi pontual ao classificar a agressão como “mais um caso de racismo”.

"O companheiro trabalhador veio de outro país, está ganhando a vida aqui em Curitiba e é agredido. Na nossa concepção, trata-se de mais um caso de racismo na nossa cidade. Neste caso, o trabalhador estava apenas sentado no banco e não fez nada. Passam dois cidadãos em cima de uma moto, que acredito não serem cidadãos, fazem isto com o trabalhador. Eles são criminosos", disse Lairson Sena, presidente do Sinpospetro.

As imagens mostram o que é descrito por Sena. Primeiramente, é possível notar a dupla em uma moto. Em um segundo momento, ambos se aproximam do frentista negro e, em seguida, um deles o atinge com a cabeçada.

A agressão, conforme apurou a Banda B, teria acontecido após a vítima pedir para os suspeitos pararem de acelerar a moto. Ambos teriam ficados irritados com a fala do trabalhador. À RPC, o homem disse que foi chamado de macaco.

"É um caso de racismo, um absurdo, e a gente tem que dar um basta na nossa cidade, que é tão bonita, acolhedora. A gente atende, os trabalhadores de postos, toda a população, acolhe todos os brasileiros vindos de outros estados, trabalhadores vindos de outro país. É um absurdo. Mais um ato covarde dentro da nossa cidade. Repudiamos veementemente", afirma Lairson Sena, presidente do Sinpospetro.

O homem registrou boletim de ocorrência (BO) sobre o caso. A Banda B tenta contato com a Polícia Civil para saber o andamento das investigações.

O que diz o posto de combustíveis - A Banda B também entrou em contato com o posto de combustíveis para obter um posicionamento sobre o ocorrido no estabelecimento. A reportagem será atualizada assim que houver retorno. O espaço está aberto.

Informações: Banda B

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