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Não há dúvidas de que houve tentativa de golpe, diz Moraes em julgamento

Para o ministro do STF, a acusação "aponta a participação" de todos os réus em uma "organização criminosa"

Ministro Alexandre de Moraes
Ministro Alexandre de Moraes -

Publicado Por Milena Batista

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta terça-feira (9) que "não há dúvidas de que houve tentativa de golpe" no país.

O magistrado iniciou nesta terça a votação no julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros sete integrantes do chamado "núcleo 1" da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), no inquérito que apura a produção de um golpe de Estado a ser executado no país.

Segundo Moraes, as investigações apontam "a participação nessa organização criminosa de todos os réus estruturados".

"A acusação aponta a participação nessa organização criminosa de todos os réus estruturados e atos executórios que consumaram os delitos. Importante lembrar que a materialidade dos delitos, dos cinco delitos que eu iniciei citando, a materialidade desses delitos. Pela Procuradoria-Geral da República, essa materialidade já foi reconhecida em mais de 474 ações penais em que o Supremo reconheceu a materialidade desses delitos", afirmou.

"Na verdade, esse julgamento não discute se houve ou não tentativa de golpe, se houve ou não tentativa de abolição ao Estado de Direito. O que discute é a autoria, se os réus participaram, que não há nenhuma dúvida nessas todas condenações e mais de 500 acordos em não percepção penal, de que houve tentativa de abolição ao Estado de Direito, de que houve tentativa de golpe, que houve uma organização criminosa e que gerou dano ao patrimônio público. Isso, tanto o plenário do Supremo Tribunal Federal que conheceu", completou.

Quem são os réus do núcleo 1? 

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe: 

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);

Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;

Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; 

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022.

Informações: CNN

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