Ato de Bolsonaro tem áudios do STF, ataques a Lula e meta para 2026
Ex-presidente realizou evento na Paulista ao lado de governadores e lideranças políticas
Publicado: 29/06/2025, 17:20

Em ato realizado na tarde deste domingo (29) na avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) reuniu quatro governadores e outras alianças políticas com o mote de “Liberdade Já”.
O evento, que contou com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ), foi marcado por pedidos de voto impresso, metas para a eleição de 2026 e críticas ao governo Lula, à própria direita e à atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a acusar a esquerda de ser responsável pela destruição ocorrido no 8 de janeiro. O ex-presidente também atacou Lula por se posicionar ao lado do Irã no conflito contra Israel. "A Rússia estava ao lado de criminosos de guerra e ditadores e o atual presidente do Brasil. Outras consequências virão, quando Lula assumiu ter lado no conflito Irã x Israel. Ele ficou do lado do Irã, país que quer a bomba atômica para varrer Israel do mapa", afirmou.
O ex-presidente também fez um apelo para que sejam eleitos senadores e deputados de sua base, estabelecendo meta para as eleições de 2026. Para ele, se isso ocorrer, quem liderar o Congresso vai liderar o Brasil. "Se quisermos que nosso time seja campeão, precisamos investir. Se me derem, por ocasião da eleição do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Se me derem isso, não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente".
O ato contou também com pedidos de aplausos por parte do deputado Sóstenes Cavalcante (PL) para a deputada licenciada Carla Zambelli, que teve pedido de prisão decretado pelo STF.
"Quero aqui, na avenida Paulista, homenagear aqueles que são perseguidos pelo Judiciário brasileiro, em homenagem a Daniel Silveira, a Carla Zambelli e ao nosso General Braga Netto. Vamos dar aplausos a esses guerreiros em nome de todos os perseguidos pela Justiça", afirmou.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) exibiu gravações de áudio dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, com teor sobre o poder das redes sociais.
O senador Magno Malta (PL-ES) chegou a chamar a ministra Cármen Lúcia de “tirana”, em referência à frase sobre “213 milhões de pequenos tiranos” na votação sobre responsabilidade das plataformas por conteúdos de usuários.
Um dos organizadores do evento, o pastor Silas Mafalaia afirmou que o STF “colocou uma censura nas redes sociais” com a votação.
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