Ataques aéreos de Israel matam pelo menos 100 em Gaza
Forças israelenses seguem destruindo território, mesmo durante conversas por cessar-fogo
Publicado: 18/05/2025, 11:05

Ataques aéreos de Israel mataram pelo menos 100 palestinos em toda a Faixa de Gaza durante a noite, informaram autoridades de saúde locais neste domingo (18), enquanto mediadores conduziam uma nova rodada de negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Não houve comentários imediatos do Exército israelense, que expandiu seus ataques ao enclave e matou centenas de pessoas desde quinta-feira (15), em preparação para uma nova ofensiva terrestre para alcançar o “controle operacional” em partes de Gaza.
“Temos pelo menos 100 mártires desde a noite anterior. Famílias inteiras foram apagadas do registro civil pelo bombardeio israelense”, disse Khalil Al-Deqran, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, à Reuters por telefone.
Israel bloqueou a entrada de suprimentos médicos, alimentares e de combustível em Gaza desde o início de março para tentar pressionar o Hamas a libertar reféns israelenses e aprovou planos que podem envolver a tomada de toda a Faixa de Gaza e o controle da ajuda humanitária.
O Hamas afirma que só libertará os reféns em troca de um cessar-fogo israelense.
Os mediadores Egito e Catar, apoiados pelos Estados Unidos, iniciaram uma nova rodada de negociações indiretas de cessar-fogo entre as duas partes no sábado (17), mas fontes próximas às negociações disseram à Reuters que não houve avanços.
A Sky News Arabica britânica e a BBC noticiaram durante a noite que o Hamas havia proposto a libertação de cerca de metade de seus reféns israelenses em troca de um cessar-fogo de dois meses e da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Contatado pela Reuters, um representante do Hamas disse: “A posição de Israel permanece inalterada: eles querem a libertação de seus prisioneiros, sem o compromisso de encerrar a guerra.”
Possivelmente complicando ainda mais as negociações de cessar-fogo, relatos na mídia israelense e árabe disseram que o líder do Hamas, Mohammed Sinwar, pode ter sido morto.
O Hamas não confirmou nem negou as notícias. O Ministério da Defesa de Israel não comentou de imediato.
Em Israel, Einav Zangauker, mãe do refém do Hamas, Matan Zangauker, disse que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se recusava a encerrar a guerra em troca da libertação dos reféns restantes pelo Hamas, devido a seus interesses políticos.
“O governo israelense continua insistindo em acordos parciais. Eles estão nos atormentando deliberadamente. Tragam nossas crianças de volta logo! Todas as 58”, disse Zangauker em uma publicação na plataforma de mídia social X.
Informações: CNN