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Seres vivos nunca vistos antes são encontrados na Antártida

Entre os destaques estão os porcos-do-mar de coloração rosada, aranhas-do-mar e borboletas-do-mar

À primeira expedição científica a bordo do navio quebra-gelo RSV Nuyina, visando investigar os impactos do aquecimento das águas na Geleira Denman, localizada na Antártida Oriental
À primeira expedição científica a bordo do navio quebra-gelo RSV Nuyina, visando investigar os impactos do aquecimento das águas na Geleira Denman, localizada na Antártida Oriental -

Publicado por Lucas Veloso

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A Divisão Antártica Australiana (Australian Antarctic Division – AAD) deu início, em março deste ano, à primeira expedição científica a bordo do navio quebra-gelo RSV Nuyina, visando investigar os impactos do aquecimento das águas na Geleira Denman, localizada na Antártida Oriental.

A missão, com duração prevista de 60 dias, está promovendo descobertas significativas sobre a biodiversidade marinha do Oceano Antártico e os efeitos das mudanças climáticas sobre as massas de gelo da região.

Durante a travessia de aproximadamente 4 mil quilômetros até a geleira, uma das que mais derretem no continente, a equipe de 60 cientistas registrou uma variedade impressionante de espécies raras e, em alguns casos, desconhecidas pela ciência.

Entre os destaques estão os porcos-do-mar de coloração rosada, aranhas-do-mar com tamanho equivalente ao de uma mão humana e borboletas-do-mar, pequenos moluscos transparentes que se locomovem como se estivessem “voando” sob a água.

Vale mencionar que o avanço da ciência nesse tipo de ambiente exige tecnologia sofisticada. Para capturar esses organismos sem causar danos, foi utilizado um poço úmido especialmente desenvolvido para recolher criaturas frágeis e pequenas.

Essa abordagem permitiu observar detalhes comportamentais e até reprodutivos inéditos, como o momento em que uma borboleta-do-mar colocou ovos em um aquário da embarcação, marco histórico para os estudos da espécie.

Mudança climática na Antártida - Além da riqueza biológica encontrada, os cientistas concentram esforços no monitoramento da Geleira Denman, cuja retração já ultrapassou os cinco quilômetros entre 1996 e 2018. As pesquisas buscam compreender de que forma o aumento das temperaturas oceânicas influencia o derretimento da geleira, que, caso colapse totalmente, pode elevar o nível do mar em até 1,5 metro globalmente.

É importante mencionar que os dados coletados diretamente das imediações da geleira estão sendo analisados em tempo real nos laboratórios a bordo do navio.

Entre os resultados preliminares, foram identificadas correntes oceânicas mais intensas e padrões de temperatura inesperados, com águas frias nas profundezas e temperaturas mais elevadas na coluna intermediária.

Isso porque mudanças como essas podem alterar significativamente os modelos climáticos atualmente utilizados para projeções globais.

Com informações de: Tribuna de Minas.

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